30 de maio: ir às ruas contra os cortes da Educação e a Reforma da Previdência e preparar a Greve geral



Foto: UFSC à Esquerda














15 de Maio iniciou o pesadelo de Bolsonaro, foi um dia marcado por verdadeiras manifestações de massas em todo o país. O tsunami em defesa da educação que levou mais de dois milhões de manifestantes às ruas neste 15 de maio mostrou a força e a disposição de luta da classe trabalhadora e da população. As mobilizações deram um recado direto ao governo Bolsonaro: Basta de cortes na Educação e Reforma da Previdência.
Vivemos a maior manifestação desde junho de 2013 que é de suma importância nessa conjuntura. De norte a sul as ruas foram ocupadas por estudantes, pais de alunos, professores, trabalhadores de diversas categorias, aposentados, mulheres, negros, LGBTs, indígenas e quilombolas, enfim, os mais diversos setores. Depois de apenas 5 meses de governo Bolsonaro, estudantes e trabalhadores mostraram que não aceitarão os ataques à educação e aos direitos duramente conquistados. Essa manifestação gigantesca mostrou o caminho para enterrar de uma vez por todas o corte da Educação e a reforma da Previdência. Foi a prévia perfeita para a grande Greve Geral convocada para o dia 14 de junho. A mobilização colocou ainda mais lenha no fogo da crise que assola o governo.
A resistência e o repúdio à reforma são muito grandes, mas o governo Bolsonaro já se mostrou disposto a usar de todas as manobras feitas por outros governos para aprovar a medida, como a compra de votos no Congresso e campanhas publicitárias baseadas em fake news, pagando a preço de ouro artistas e apresentadores para defender o fim da aposentadoria dos trabalhadores brasileiros.
Portanto, a tarefa a partir de agora é ampliar a luta contra a Reforma da Previdência e os cortes de verba, seja intensificando a campanha de esclarecimento junto aos trabalhadores e à população, seja avançando na organização e mobilização dos trabalhadores em todas as bases das categorias para construir a Greve Geral. Vamos construir o 30M como parte do calendário de mobilização para a Greve Geral. É hora do movimento estudantil se colocar ao lado do movimento dos trabalhadores. Com esta unidade é possível pararmos o país e derrotarmos o governo. Defendendo não só a educação pública, mas também nosso direito à aposentadoria.
Os atos de 15 de maio ocorridos por todo o país e também aqui em Florianópolis mostraram que é possível derrotar esse governo e seus ataques. Barrar a reforma da previdência e os cortes na educação, mas para isso é preciso unidade de ação entre todos os setores e compromisso com a luta por parte das direções das centrais sindicais e partidos.

O que não pode voltar a acontecer:
O 15M em Florianópolis foi um dos maiores atos ocorridos em décadas na capital, mas poderia ter sido bem maior, isso por que presenciamos uma verdadeira traição por parte da organização do ato no carro de som CUT/CTB e o PT junto com estudantes do DCE da UFSC encerraram o ato e retiraram o caminhão de som antes do ato começar. Para explicar: a concentração estava marcada para as 15h e o ato deveria sair em marcha as 17h. Desde as 13h estudantes da UFSC, IFSC e diversas escolas rumaram para o centro construindo atos com milhares de pessoas. Até as 17h existiram mais de três atos diferentes no centro da cidade, todos em direção a concentração. Então, no momento auge da concentração, quando os três atos se encontraram o caminhão de som anunciou o fim do ato. Deixando milhares de pessoas sem sequer entender o que aconteceu.
A falta de democracia foi um problema de proporção igual barrando entidades de falarem no caminhão de som como a ANEL e o MNU que foram impedidos de falar. Para construir a unidade é preciso democracia.
Além disso, esses mesmos setores e demais centrais sindicais como a Força sindical tem acenado em direção a negociar com o governo os temos para uma reforma da previdência. Não dá para aceitar nenhum tipo de negociação para tentar “reformar” essa reforma. Não podemos cair na armadilha do governo que colocou “bodes na sala” e pode fazer pequenas alterações que não vão mudar a essência principal da reforma.
Nós do PSTU, assim como a CSP Conlutas não aceitaremos nenhuma negociação que retire nossos direitos e iremos a greve geral com toda a força para derrotar esses ataques. Essa deve ser a tarefa de todas as centrais, sindicatos e direções dos movimentos. Qualquer vacilo ou iniciativa em aceitar a redução de direitos na Previdência, como chegou a cogitar alguns deputados, como o Paulinho da Força, é uma traição à classe trabalhadora.

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