O Tsunami da Educação voltou às ruas no dia 30 de maio
Foto: Rubens Lopes |
Por:
Ingrid Assis
Neste
30 de maio (30M) foi sacudido por manifestações em centenas de
cidades. E, em Florianópolis, não foi diferente.
Mesmo
debaixo de uma forte chuva, cerca de 20 mil pessoas foram às ruas no
Centro de Florianópolis protestar contra todos os ataques do governo
Bolsonaro.
As
mobilizações iniciaram com assembleias na UFSC e na UDESC e com uma
concentração na Praça Tancredo Neves, em frente a Assembleia
Legislativa de Santa Catarina (ALESC), reunindo estudantes e
trabalhadores de diversas categorias.
“Vem
pra rua contra os cortes!”
Como
se não bastasse passarem a tesoura na verba para as Universidades,
Institutos Federais e Colégios Federais, Bolsonaro e seu ministro da
Educação, Abraham Weintraub, debocham dos estudantes e
trabalhadores da educação os chamando de “idiotas úteis”.
Mas
a resposta dos estudantes, professores e demais trabalhadores veio
nas ruas. Em Florianópolis, mais de 30 mil pessoas tomaram às ruas
no dia 15 de maio, pavimentando o caminho para a Greve Geral do dia
14 de junho.
Bolsonaro
sentiu a bordoada vinda das ruas e convocou um ato em apoio ao seu
governo, pedindo o fechamento do Congresso, do STF e a aprovação da
Reforma da Previdência, no dia 26 de maio. Mas, além de pequenos,
esses atos em defesa do Governo Bolsonaro não representaram a
vontade do povo pobre e trabalhador, maioria neste país.
“Greve
Geral! Greve Geral! Derruba o capitão e também o General!”
O
30M foi um esquenta para a Greve Geral, na luta contra os cortes e
ataques à Educação, contra a Reforma da Previdência e em defesa
dos empregos.
Esse
30M mostrou a força do movimento de massas e mostrou que é possível
derrotar os ataques do governo. Devemos continuar nas ruas, e
construir, junto aos trabalhadores, a maior Greve Geral que esse país
já viu, no próximo dia 14 de junho. Esse foi o recado gritado a
plenos pulmões ao final do ato pelos estudantes e trabalhadores:
“Dia 14 vai ser maior! Dia 14 vai ser maior!”
As
direções das centrais sindicais e os partidos que se dizem de
oposição ao governo Bolsonaro não podem fazer o que fizeram em
2017, quando recuaram na construção de um novo dia de Greve Geral,
apostando num acordão com o então governo Temer e jogando suas
fichas nas eleições que se aproximavam.
O resultado é que essa traição abriu espaço para a aprovação da Reforma Trabalhista, retirando uma série de direitos dos trabalhadores e aumentando o desemprego no país.
A necessidade agora é o oposto: é avançar na luta e construir, por baixo, uma Greve Geral em defesa da Educação e contra a reforma da Previdência. O 15M e o 30M provaram que é possível. A crise cada vez maior do governo reforça isso. O pesadelo de Bolsonaro só começou, vamos impedir que ele destrua a Educação pública e a Previdência Social.
Precisamos
derrotar Bolsonaro e construir, nas ruas e nas lutas, uma alternativa
de poder no Brasil, pois a crise se aprofunda cada vez mais e a
receita da burguesia e dos governos é impor uma verdadeira guerra
social contra os trabalhadores e a população pobre, além da
juventude negra que vive um genocídio nas periferias.
Por
isso tiram dinheiro da Educação e querem acabar com as
aposentadorias para enriquecer ainda mais banqueiros. A barbárie
cresce a olhos vistos. Isso é o que reserva ao capitalismo à classe
trabalhadora e aos pobres: mais desemprego, pobreza, miséria e
morte. Para 1% da população, os banqueiros, grandes empresários e
latifundiários, mais lucros à custa do aumento da exploração.
O Brasil precisa de um projeto socialista, de uma revolução que ponha abaixo esse sistema de fome e exploração e construa um governo nosso, um governo socialista dos trabalhadores, que governe a partir de conselhos populares nas fábricas, bairros, periferias, etc.
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