Camilo Martins e o reino encantado chamado Palhoça

Após o Governador do Estado, Moises PSL, testar positivo para coronavírus, agora é a vez do Prefeito de Palhoça, Camilo Martins.

O prefeito que em vídeo afirma estar em isolamento juntamente com sua família, disse também que é importante mantermos o distanciamento e o uso de mascaras como medidas preventivas.

Pois bem, será que o prefeito se recordou dessa importância, ao aceitar  a reabertura do comercio incluindo shoppings e academias?

Desde a retomada das atividades não essenciais, vemos nos mais variados espaços da cidade aglomerações, falta do uso de máscara, distanciamento, esportes coletivos e etc... Mas não vemos medidas de conscientização por parte da prefeitura, quem dirá de fiscalização.

A prefeitura que no final do seu mandato se preocupa em espalhar obras por toda a cidade é a mesma prefeitura que pouco se vê tomando ações e medidas no combate ao coronavírus. Nunca se ouviu sequer uma sinalização por meio do estado ou da prefeitura de futuras instalações hospitalares e muito menos leitos de UTI em meio a pandemia de COVID-19, o que se vê é uma prefeitura preocupada em bajular o empresariado local por interesses pessoais e pouco se importar com a saúde da população palhocense. 

Em 06 de junho de 2020 palhoça contava com o registro de 223 casos confirmados na cidade, um mês depois palhoça estava contando já com 942 casos se colocando hoje entre as dez cidades com o maior número de casos em Santa Catarina. Para piorar, hoje estamos com mais de 90% das UTI’s da Grande Florianópolis ocupadas.

Mas, para Camilo, está tudo bem, pois mesmo com COVID-19 terá com certeza o melhor tratamento possível, com hospitais de ponta e os melhores médicos para ele e sua família, enquanto o povo palhocense fica à míngua, com UPA's lotadas, precarização da saúde pública e risco eminente de contágio. 

É, no mínimo, absurdo, chamar por conscientização da população enquanto não se vê fiscalização em bares, vias públicas e mercados de bairro. Enquanto a única empresa de ônibus da cidade tem os ônibus sucateados, acima da lotação permitida e com funcionários que, por imposição do patrão, pedem que os usuários de transporte coletivo se omitam para poder entrar no centro da cidade de Florianópolis, e enquanto, a prefeitura não dá o mínimo de auxílio para que possamos ficar em segurança e sem morrer de fome por isso.

É preciso que a prefeitura de Palhoça saia de cima da sua torre e olhe para sua população, que enxergue nela a força do trabalhador palhocense, é preciso que a prefeitura valorize nossas vidas e entenda que NENHUM LUCRO deve vir antes da saúde de sua população.

QUARENTENA GERAL já, chega de flexibilização! 30 dias no mínimo de isolamento com direito a renda e salário! Para que possamos ter direito a vida e a saúde, nenhuma vida será negociada em nome do lucro de um punhado de milionários.