1º de Maio: Por um primeiro de Maio classista e independente do governo Lula!

Primeiro de Maio é uma data histórica. É dia internacional de luta dos trabalhadores e trabalhadoras contra a exploração e a opressão. Por isso, é um dia de organizar atos, mobilizações e protestos em todo o mundo, com independência da classe trabalhadora frente aos patrões e aos governos.

Mais uma vez, as centrais sindicais do Brasil – com exceção da CSP-Conlutas – estão organizando atos públicos, a exemplo de São Paulo, com a presença de patrões e governos, incluindo o presidente Lula e até o bolsonarista governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). CUT, CTB, Força Sindical e demais centrais promovem conciliação de classe.

Aqui em Santa Catarina não vai ser diferente. Para marcar o Dia do Trabalhador e da Trabalhadora a CUT, junto com a CTB, CSB, Força Sindical, Intersindical e Nova Central, estão organizando um ato unificado com atrações culturais. O tema central deste ano do 1º de maio é a luta por empregos, renda, direito e democracia. Porém, no chamado do ato já podemos ler: “vamos comemorar a vitória da classe trabalhadora, a vitória da democracia”.

O ato, de acordo com a presidenta da CUT-SC Anna Julia Rodrigues:

“Será um Dia do Trabalhador diferente, com sentimento de esperança. Depois de um longo período de fortes ataques para a classe trabalhadora, este ano, mesmo sabendo dos desafios que temos pela frente, comemoramos a volta da democracia e de um governo popular e nada melhor do que muita cultura para marcar este dia de luta”.

O problema é que essas centrais estão colocando a esperança da classe trabalhadora em uma democracia que não é nossa. É a democracia dos ricos e poderosos, e o governo já deixou claro que é do lado deles que ele está. Estaremos sempre na defesa das liberdades democráticas, mas uma coisa temos certeza, não é essa democracia que defendemos, que coloca a juventude negra nas prisões, que não garante o mínimo necessário para sobrevivência da nossa classe, que não garante saúde, educação, trabalho e muito menos defendemos a política de conciliação de classes com a burguesia e sabemos que esse governo ‘’popular’’ não é a nossa salvação. 

Diante desse cenário, nós do PSTU e da CSP Conlutas estamos construindo no Brasil inteiro atos independentes desse das Centrais Sindicais. Colocando a necessidade de atos classistas, internacionalistas e independentes dos governos e dos patrões. 

Para que a classe trabalhadora seja verdadeiramente protagonista é preciso romper com a burguesia e seus governos, pois apoiar o governo é colocar a classe trabalhadora a reboque de um setor e de um projeto da burguesia, que não permite sequer enfrentar de forma consequente o setor burguês de ultradireita e suas ameaças autoritárias, de estímulo à violência nas escolas, contra a classe trabalhadora, o povo pobre, as mulheres, as LGBTIs, os negros e as negras, os povos indígenas. 

Só com independência de classe é possível assegurar nenhuma anistia a golpista e organizar a autodefesa dos movimentos operários e populares. É necessário ainda para se garantir a soberania do país, algo que um governo de aliança com uma burguesia completamente dependente e submissa ao capital financeiro internacional nunca será capaz de fazer.

Nós do PSTU chamamos as lutadoras e lutadores, a toda a classe trabalhadora, a construir uma oposição de esquerda ao governo, a comemorar um primeiro de Maio com independência de classe e não ao lado dos patrões. 

Este é o caminho para construir uma verdadeira alternativa a este país e a este mundo de opressão, exploração e destruição ambiental. Perseguir um horizonte socialista. Lutar para que a classe trabalhadora governe, através de Conselhos Populares. Lutar pela unidade internacional dos trabalhadores de todo o mundo contra esse sistema capitalista de desigualdade, fome e barbárie.

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