BANCÁRIOS ENTRAM EM GREVE!!

Jóe José Dias


As manifestações populares que ocuparam as ruas do país em junho abriram uma nova situação em nosso país. Transformaram as nossas perspectivas de futuro e ampliaram os limites do que consideramos possível. Aprendemos que através da luta é possível mudar a pauta política do país e obter conquistas! Essa nova realidade levou também os trabalhadores às ruas por suas pautas próprias.
Contudo, contrariando todo este contexto social, a CONTRAF-CUT, controlada em sua maioria pela Artban, corrente dirigida pela Articulação e vinculada diretamente ao PT e ao Governo Federal, “fez vistas grossas” aos ensejos vindos das ruas e, mais uma vez, rebaixou as pautas históricas da categoria bancária, como em anos anteriores. É preciso denunciá-los e combatê-los! Porém, mais que isso, é preciso aproveitarmos esse novo contexto político em que entrou o país para exigir mais. Somente assim os(as) bancários(as) poderão dar maior ânimo à greve, envolvendo cada vez mais a categoria.
Assim como a grande mídia tentou desqualificar as mobilizações de junho, classificando-as de meros movimentos contra a corrupção, os gestores dos bancos tentam enfraquecer o movimento grevista, divulgando mentiras e coagindo os bancários. Não bastasse isso, a categoria bancária, bem como os demais trabalhadores brasileiros, precisam lutar contra a PL4330/2004, que amplia as terceirizações e, na prática, extingue a categoria bancária. Não é à toa que o coordenador da bancada patronal chama-se Magnus Apostólico, da Fenaban.
Esta, aliás, não surpreendeu ao propor o índice de 6,1% de reajuste, que significa menos do que a reposição da inflação oficial dos últimos 12 meses. Disseram ainda que não seria possível avançar mais. Uma vergonha! O lucro dos grandes bancos cresceu 18,2% no primeiro semestre, comparado com o mesmo período de 2012. Além disso, cobrem toda a folha de pagamento só com a receita fácil das tarifas, praticam os maiores juros do mundo, adoecem a categoria com o assédio e com metas e dizem que não podem garantir melhoria nos salários e nos direitos aos bancários.
As assembleias em todo o país no dia 18 marcaram o início da greve! A categoria precisa surpreender o governo, os banqueiros e as direções sindicais, lotar as assembleias para tomar em suas mãos o rumo da campanha e definir, democraticamente, sobre a greve e os eixos da luta. Somente com a ampla participação dos bancários será possível travar uma luta efetiva contra o governo e os banqueiros e ter conquistas. Nós, bancários(as) do PSTU, não somente apoiamos incondicionalmente o movimento grevista, como vamos lutar para construir um movimento cada vez mais forte e unido, onde as decisões deverão ser deliberadas democraticamente pela base. Vamos juntos construir nossa história! Todos à greve; todos à luta; rumo à vitória!!

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