Regionais do SINTE realizam encontro de ACTs
Por Diogo Leal Pauletto, professor
No dia 15 de julho aconteceu um vitorioso encontro de
trabalhadores da educação de contrato temporário com o objetivo de discutir a
situação precária destes trabalhadores e lutar por direitos iguais para
trabalho igual. O encontro foi organizado pelas regionais de Florianópolis e
São José do Sindicato dos Trabalhadores em Educação. A professora e candidata
ao senado Rosane de Souza esteve presente prestigiando a atividade.
Encontro de ACT's realizado pelos sindicatos de Florianópolis e São José |
O encontro debateu que há algo de muito errado na educação
pública quando metade dos trabalhadores é admitido em caráter temporário (ACT)
e não como efetivos. Na grande Florianópolis os ACT's representam 80% dos
trabalhadores em educação da rede estadual de ensino. Estes trabalhadores muitas vezes se vêem
obrigados a mudar de escolas durante o ano, comprometendo sua dedicação ao
ensino, e não possuem vários direitos como aviso prévio, plano de saúde e
férias. Desta forma o governo Colombo (PSD) corta verbas da educação ao mesmo
tempo em que diminui a qualidade de trabalho e, por consequencia, a qualidade de
ensino.
”A educação pública está indo de mal a pior. O governo
Colombo acha que educação é gasto desnecessário e por isso desviou dinheiro da
educação para outras áreas descumprindo a lei. Quando a gente vê escolas sendo
interditadas e até desabando e um número tão grande de professores temporários é
porque o Colombo só quer saber de economizar com a educação pública. Isto é
uma decisão que vai contra a população”, disse a candidata ao senado Rosane de
Souza que também defendeu mais verbas para a educação pública.
Rosane, candidata ao senado, participa do encontro de ACT's |
A precarização dos profissionais da educação anda junto com
o abandono das escolas. A situação está tão crítica que nos últimos anos muitas
escolas foram interditadas e algumas até mesmo desabaram por causa da falta de
reformas. A qualidade de ensino está ameaçada e a própria segurança dos
alunos e dos profissionais da educação está em risco. Isto é conseqüência
direta da má vontade dos governantes com a educação pública. O governo federal de
Dilma segue sem investir os 10% do PIB na educação pública e favorecendo as
escolas privadas. E os governos de Luis Henrique (PMDB) e Colombo desviaram
aproximadamente 800 milhões de reais da educação e 400 milhões de reais da
saúde para outras áreas e por isso não atingiram o investimento mínimo
estipulado por lei (segundo o Tribunal de Contas do Estado). Esta é a verdade
por trás do “pacto pela educação” do governo Colombo: desvio de verbas, escolas
abandonadas, professores humilhados e descaso com o futuro de milhares de
jovens.
800 milhões desviados de Colombo construiriam 266 novas escolas. |
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