Cai a máscara do governador Moisés!


( fonte: nsctotal)

PSTU Florianópolis. 


Nessa sexta feira (27/03), foi noticiado na grande imprensa que já a quase duas semanas atrás o governo federal foi informado de que  pesquisadores da  prestigiada universidade de Oxford, na Inglaterra, finalizaram  um estudo em que concluíam que o corona vírus deveria causar a morte de 478 mil brasileiros. E esse não foi o único aviso, a própria realidade em outros países noticiadas cotidianamente é um aviso mais que eloquente do cenário que se avizinhava rapidamente. Diante da situação de que a covid-19 poderá matar quase meio milhão de brasileiros, o que fez o governo federal? Nada. Pior, não só não preparou o país para minimizar essa tragédia em dimensões que nunca vimos antes, como tenta de todas as formas impedir governadores e prefeito tomassem algumas providências.

Isso porque governadores e prefeitos estão mais pressionados por essa situação, uma vez que são eles diretamente responsáveis, pela maior parte do sistema de saúde pública que atende diretamente a população. Moisés esteve na linha de frente desses governos estaduais.  Decretou uma quarentena que chamou a atenção de todo país. Isso porque, apesar de  ser muito  insuficiente, pois deixou setores fundamentas da população de fora como os trabalhadores das indústrias (isso num estado fortemente industrializado)e de telemarketing e de deixar funcionando sem nenhuma restrição portos e aeroportos, que como se sabe foram as portas de entrada do vírus no estado, essa quarentena apareceu como algo muito forte diante da criminosa falta de ação do governo federal.

Com isso o governador Moisés (PSL-SC) queria capitalizar o desgaste que vem sofrendo o governo Bolsonaro e se demostrar independente diante desse, para assim poder sobreviver politicamente diante do provável naufrágio do então presidente. É a velha estória de “os ratos abandonarem o navio quando esse começa a afundar”. Mas o cálculo político do governador falhou totalmente ao não contar com a tão raivosa, como criminosa, oposição do empresariado catarinense a essa quarentena. Estes bolsonaristas de primeira hora, com o apoio total de Bolsonaro, se jogam em uma campanha fortíssima contra a manutenção do isolamento social.

Comandante Moisés mostrando todo seu compromisso com a burguesia não se envergonha de cumprir um papel de capacho e sede em toda linha. Edita o “plano Estratégico de Retomada das Atividades Econômicas”, que na prática é o fim da quarentena justo no momento em que ela vai ser mais necessária, pois o contágio estará no seu pico. Essa política criminosa vai exatamente no mesmo sentido da de Bolsonaro.

É uma política ditada pelo grande empresariado para satisfazer sua sede de lucros, mas diante do desespero que se encontra boa parte dos donos de pequenos negócios, muitos acabam entrando “de bobos” na defesa desse crime. Diante da total bancarrota que os ameaçam, ao invés de lutarem para que o governo lhes garanta condições de continuarem sobrevivendo de seus pequenos empreendimentos, se deixam levar pela grande burguesia que agora os usa, mas não hesitará de os abandonar a sua própria sorte. Iludem-se de que o afrouxamento da quarentena os salvará, quando na verdade isso só será proveitoso para as grandes empresas. O que precisa ser feito é o contrário do que os governos estão fazendo, que se direciona a atender os grandes capitalistas e sacrificando trabalhadores e mesmo pequenos empresários.

Por isso, devemos levantar no nosso programa propostas de defesa dos trabalhadores, do povo pobre das periferias, da juventude, mas também de medidas que permitam aos pequenos e microempresários sobreviverem a essa catástrofe que os capitalistas nos atiram para manterem os super lucros de um punhado de bilionários. Cortar salários, permitir o desemprego, dar uma ajuda apenas miserável aos trabalhadores autônomos, são medidas que irão aprofundar ainda mais a recessão e como consequência trazer ainda mais miséria e fome.

Exigimos do governo do Estado não só a manutenção, mas o aprofundamento da quarentena com a paralização de todas as fabricas e empresas que não tiverem sua produção voltadas à atividades essenciais. Apoiamos o chamado feito na carta das centrais sindicais e outras entidades sociais, que aponta para a necessidade uma greve geral no estado se o governo mantiver esse ataque à vida.

Exigimos que o governo estadual não só suspenda momentaneamente o pagamento da dívida pública, mas que se coloque efetivamente a frente de uma campanha exigindo do governo federal o dinheiro necessário para o combate à epidemia. Não basta resmungar contra Bolsonaro, tem de enfrenta-lo e derrota-lo.

Parar totalmente o SC, para parar a corona vírus.
A vida acima do Lucro
#SC Não Quer Morrer

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