Fora Moisés! Fora Julio Garcia! Novas eleições gerais em Santa Catarina, já!

 

Por: PSTU Santa Catarina

 

Fora Moisés! Fora Julio Garcia! Novas eleições gerais em Santa Catarina, já!

            “Politicagem e corrupção”. Provavelmente essas são as palavras mais adequadas para explicar o que está acontecendo neste momento entre o Governo de SC e a Assembleia Legislativa (ALESC).

            Em meio à mais grave pandemia deste século, e de uma grave crise econômica que se abate em todo país, os trabalhadores de Santa Catarina assistem a um festival de corrupção e de manobras políticas. E o capítulo mais recente dessa novela é a aprovação do impeachment, na semana passada (22/08) na ALESC, por crime de responsabilidade do governador Carlos Moisés (PSL) e de sua vice, Daniela Reinehr (PSL), pelo aumento no salário dos procuradores do estado em outubro de 2019.

            Agora, Moisés e Daniela podem ser afastados do cargo nas próximas semanas caso tenham novo revés no julgamento do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC). Este julgamento será feito por uma comissão mista composta por cinco desembargadores do TJ-SC e por cinco deputados da ALESC. Se o impeachment for confirmado no TJ-SC, Moisés e Daniela serão afastados do cargo por até 180 dias e quem assumirá  interinamente o governo será o presidente da ALESC, Julio Garcia (PSD).

            Sob Moisés recai ainda um outro pedido de impeachment, resultado da CPI da compra dos respiradores fantasmas de 33 milhões de reais.

 Julio Garcia (PSD), uma velha raposa da política catarinense

            Carlos Moisés e Daniela Reinehr seguem no governo, mas a tendência é a confirmação do impeachment no TJ-SC.

            Assim, Julio Garcia não só assumiria interinamente o governo de Santa Catarina mas, também, se protegeria do MPF que o investiga por pesadas suspeitas de corrupção, ocultação de bens e lavagem de dinheiro. Por isso, é inegável que o afastamento do governador e da vice é bastante conveniente para Julio Garcia. Isto é, corremos o sério risco de um corrupto virar nosso governador para simplesmente poder se livrar  da cadeia.

            Algumas pessoas – dentre elas, muitos petistas – trataram de chamar Julio Garcia de “Eduardo Cunha catarinense”, em alusão ao ex-presidente da Câmara dos Deputados que presidiu a sessão de impeachment de Dilma Rousseff (PT), em 2016. Mas, como dissera Karl Marx no 18 Brumário de Luís Bonaparte, todos os grandes fatos e todos os grandes personagens da história mundial são encenados, por assim dizer, duas vezes: a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa.

            De fato, a história repetiu-se como tragédia quando Julio Garcia (PSD), tal qual Eduardo Cunha (MDB), foi eleito à presidência da ALESC, pela terceira vez – diga-se de passagem, com votos de deputados do MDB, PP, PSL, mas também do PT e do PCdoB.

            Mas a farsa compartilhada nessa história foi encenada, por um lado, pelo PT e PCdoB, que votaram a favor do impeachment de Moisés sem sequer exigir novas eleições; e por outro lado, por Julio Garcia, que envolvido até o pescoço em escândalos de corrupção tenta salvar sua própria pele apostando numa saída que – a despeito do acordo quase geral na ALESC – começa a gerar crise até mesmo entre “os de cima’. Até FIESC se declarou contra e outras associações empresárias tem se declarado contra.  A "saída" por meio do impeachment, é um grande acordão entre os políticos da ALESC, mais uma manobra que passa por fora da classe trabalhadora e não por suas mãos. 

 Basta de politicagem na pandemia! Eleições gerais com novas regras, já!

            Até o momento, a pandemia da COVID-19 já contaminou mais de 200 mil pessoas no estado, e matou 2,6 mil pessoas. O desemprego cresce, o auxílio emergencial que era de R$ 600,00 foi reduzido para R$ 300,00 e o preço dos alimentos disparou.

            Em meio à tudo isso, fica cada vez mais claro que Governo e ALESC fazem tudo, menos servir aos interesses do povo trabalhador de Santa Catarina. Fica claro, também, que não foi apenas Moisés que foi eleito se apoiando nas mentiras e fake news da “nova política” bolsonarista, mas também grande a maioria dos deputados e deputadas da ALESC.

            Por isso, defendemos Fora Moisés! Fora Daniela Reihner e Fora Julio Garcia da ALESC! E que sejam realizadas novas eleições gerais para o governo de Santa Catarina e para a ALESC, sob novas regras, já!

           

 

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