7 de setembro

Neste 7 de setembro, lutar por uma verdadeira independência!

  O Brasil está submisso aos interesses das grandes multinacionais e especuladores internacionais


Neste 7 de setembro, podemos realmente dizer que o Brasil é um país independente? Infelizmente, não. Se independência significa caminhar com as próprias pernas, ser dono de seu próprio destino sem estar submisso a qualquer outro interesse, pode-se afirmar sem medo de errar, que vivemos em um país cada vez mais dependente.

A condição de dependência externa do Brasil, uma constante em toda a sua história, aprofundou-se de forma dramática nos últimos vinte anos. A burguesia brasileira abdicou de qualquer pretensão de independência para ser sócia minoritária do imperialismo. O governo Collor marcou a abertura comercial do país, FHC privatizou e desnacionalizou a economia, e o governo do PT, tanto Lula como Dilma, seguem com essa lógica através de uma política econômica que submete o país aos interesses do grande capital internacional.

Senão, vejamos. Todos os grandes setores da economia, dos bancos às montadoras, encontram-se nas mãos de grandes grupos estrangeiros. E, no Brasil, gozam de todo tipo de facilidades do Estado, como subsídios e isenções, como ocorrem agora com as empresas automobilísticas, para potencializar seus lucros e remete-los às matrizes.

Além disso, nunca se pagou tanto a dívida pública aos credores internacionais como agora, ao contrário do que querem fazer crer o discurso oficial. Se é verdade que houve uma redução da dívida externa nos últimos anos, houve também uma explosão da dívida interna, com juros ainda mais altos e que rendem também vultosos lucros aos agiotas internacionais.

A dívida pública (interna e externa) soma um montante equivalente a mais da metade do PIB (soma de todas as riquezas produzidas no país), chegando a R$ 3,2 trilhões no final de 2011 (ou 78% do PIB de 2011). Em 2011, R$ 705 bilhões do Orçamento federal foram destinados ao pagamento de juros e amortização da dívida. Isso significa nada menos que 45% de todo o orçamento. Ou seja, quase metade do que o governo gastou em 2011 foi direto para os credores internacionais.

E nas cidades?
O que isso tem a ver com as cidades e as eleições à prefeitura? Você sabia que a dívida pública dos municípios com a União também engessa os orçamentos locais, desviando recursos que iriam para a Saúde e Educação? As prefeituras pagam os juros de dívidas muitas vezes impagáveis ao Governo Federal que, por sua vez, vai redirecioná-lo ao pagamento dos juros de sua dívida. Nessa ciranda, os banqueiros e especuladores ficam cada vez mais ricos, enquanto a grande maioria da população sofre com saúde e educação precários.

Por isso, nessas eleições, o PSTU diz em alto e bom som: para se garantir uma independência de verdade, é necessário romper com a dívida pública, nacionalizar as grandes empresas multinacionais, garantindo emprego e salários, e, nas prefeituras, parar de pagar a dívida para investir na construção de creches, escolas, hospitais e em todo o serviço público.

 

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