PSTU é o partido que tem mais candidatas mulheres
Secretaria Nacional de Mulheres do PSTU
O PSTU acredita na força das mulheres trabalhadoras, por isso, temos
muitas candidatas mulheres. Em reportagem veiculada no dia 27 de agosto,
pelo Diário da Indústria e do Comércio, foi divulgado que nessas
eleições municipais de 2012, o PSTU é o partido com o maior percentual
de candidatas mulheres, 42%, dentre todas as candidaturas do partido.
Metalúrgicas, professoras, costureiras, funcionárias públicas,
metroviárias, comerciárias, estudantes. Mulheres trabalhadoras,
guerreiras, lutadoras que estão colocando todas as suas forças a serviço
da divulgação do programa do partido nessas eleições. Elas estão, nos
poucos segundos de programas eleitorais, denunciando a violência contra a
mulher, nas portas de fábrica defendendo o emprego, colocando suas
campanhas a serviço das greves que enfrentam o governo Dilma, a serviço
das campanhas salariais do 2º semestre, denunciando a corrupção e
apresentando o socialismo como uma alternativa de sociedade.
Estamos muito orgulhosos de sermos o partido com mais candidatas
mulheres, porque nos esforçamos sinceramente para fazer com que as
mulheres da classe trabalhadora se desenvolvam politicamente e se
consolidem como grandes dirigentes políticas da nossa classe. O PSTU se
preocupa com a formação política dessas mulheres porque a vida das
trabalhadoras sob o capitalismo, a dupla jornada de trabalho, os baixos
salários, a responsabilidade com os filhos, a violência dentro e fora de
casa criam obstáculos reais para que as mulheres se desenvolvam
politicamente. O PSTU quer transformar a força das mulheres que
enfrentam essa realidade em força para transformar o mundo.
A história do capitalismo nos tirou da vida política
O desenvolvimento da divisão social do trabalho e da propriedade privada
localizou as mulheres no espaço doméstico, dentro de casa, com
responsabilidade sobre as tarefas desse ambiente, cuidando do lar e da
família. O papel social de todo o trabalho desenvolvido nesse âmbito foi
totalmente desconsiderado e desvalorizado. O arranjo social que privou
as mulheres da vida pública e da produção social passou a ser explicado
como condição natural da mulher, ou seja, que seu corpo, sua mente e seu
coração foram feitos para cuidar dos filhos, da família e da casa.
Se às mulheres ficaram essas tarefas, aos homens ficou a tarefa da
produção social, do convívio social e, portanto, a ocupação das tarefas
políticas, públicas, das pesquisas, dos estudos, tudo o que era
reconhecido como desenvolvimento da sociedade ficou sob responsabilidade
dos homens. As mulheres que se localizaram em tarefas como essas o
fizeram enfrentando muito preconceito e muitas delas foram apagadas pela
história.
Somos oprimidas e exploradas pelo capitalismo
O machismo é uma ideologia que naturaliza a ideia de que as mulheres são
frágeis, fracas, inferiores. Essa ideia é utilizada para superexplorar
as mulheres. A forma de superexploração foi se alterando de acordo com
suas necessidades de acumulação. Em determinados momentos, ela se
manifestava majoritariamente sobre o trabalho doméstico não pago. Hoje, a
presença de 46% de mulheres no mercado de trabalho brasileiro demonstra
que a superexploração das mulheres também se manifesta no trabalho fora
de casa, nas fábricas, escolas, no comércio, no setor de serviços em
geral.
A presença das mulheres no mercado de trabalho é consequência de
lutas históricas, que questionaram todas as regras impostas às mulheres.
Entretanto, o capitalismo transformou essa conquista em
superexploração. Mas, ainda que sob essas condições de superexploração,
nossa localização na vida produtiva nos dá condições de insurgimos
contra esse sistema. Somos hoje parte determinante da força da classe
trabalhadora.
Somos fortes para lutar pelo socialismo
Essa situação concreta das mulheres faz com que muitas trabalhadoras
sejam parte ativa das lutas da classe trabalhadora no Brasil e no mundo.
A luta dos trabalhadores europeus, enfrentando as consequências da
crise econômica no continente, conta com uma presença muito expressiva
das mulheres. Isso ocorre porque como parte do setor mais superexplorado
da classe, as mulheres trabalhadoras são as que mais sofrem com os
planos de austeridade fiscal, que retiram direitos, como licença
maternidade, educação e saúde pública de qualidade, etc.
Aqui no Brasil, a recente greve do funcionalismo, categoria em que as
mulheres são maioria, colocou milhares de mulheres nas mobilizações,
nas assembleias, nas reuniões de negociação com o governo. Dentre essas
mulheres, está nossa companheira Ana Luiza, grevista do judiciário e
candidata a prefeita de São Paulo pelo PSTU. As lutas da Educação que se
desenvolveram no ano passado também tiveram muitas lutadoras a frente,
como a companheira Amanda Gurgel, que na época da greve teve um vídeo
assistido por 2 milhões de pessoas e hoje é candidata a vereadora pelo
partido em Natal e provavelmente estará entre os mais votados.
As campanhas salariais das categorias operárias também contaram com a
presença de mulheres guerreiras, como Santana Costa, dirigente do
Sindicato da Confecção Feminina de Fortaleza e candidata a vereadora na
cidade, categoria esta que também trouxe para luta nossa companheira
Vera Lúcia, candidata a prefeita de Aracaju, em terceiro lugar nas
pesquisas.
Outras categorias de importância entrarão em luta no 2º semestre e
terão em algumas candidatas um espaço forte de divulgação, como fará
Laura Leal, petroleira e candidata a vereadora de Campinas ou Raquel,
carteira, candidata a vice-prefeita de São José dos Campos.
Silvia, Marisa, Veras, Letícia, Vanessa, Joaninha, Mari, Mariah,
Lourdes, Mayara, Victória, Marília, Lígia, Rosângela, Carine, Elianas,
Cláudia, Claudicéia, Tamires, Roberta, Josi, Lívia, Rielda, Mônica,
Renata, Fátima, Nise, Dayse, Kelly, todas guerreiras lutadoras que
expressam a importância das mulheres para a luta pelo socialismo e que
neste momento dão o orgulho de compor a maior bancada de candidatas
mulheres de um partido político. Com essa força, estamos demonstrando
aos trabalhadores que as mulheres fortalecem a luta, que não são seres
inferiores, que podem e devem participar da vida política, nas lutas e
nas eleições.
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