Palestra: A guerra civil e a luta contra a ditadura na Síria
A militante da Resistência Síria, Sara Al Suri, participará do debate “A Primavera Árabe e a guerra civil na Síria”, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no dia 4 de dezembro, terça-feira, às 14h, no Auditório do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ). O evento é gratuito, aberto à comunidade e promovido pela Assembleia Nacional de Estudantes – Livre (ANEL) e pelo Centro Acadêmico Livre de História (CALH) da UFSC. No mesmo dia, a CSP-Conlutas também estará realizando uma palestra com a ativista da Síria no auditório do IFSC (Mauro Ramos) às 19h.
A militante já contou sua experiência em estados como Alagoas, Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, entre outros. Sara vai relatar a luta do povo sírio contra a ditadura, o massacre perpetrado pela família Assad, além do caráter e das polêmicas que rondam a oposição síria e o Exército Livre da Síria.
A CSP-Conlutas junto com outras entidades estão organizando uma palestra com uma ativista da Resistência Síria em Florianópolis no dia 4 de dezembro. As palestras serão:
- às 14h no auditório do CCJ - UFSC
- às 19h no auditório do IFSC - Mauro Ramos
Saiba mais:
Nos últimos anos os povos da região árabe do norte da África e do Oriente Médio se levantaram contra as ditaduras de seus países. Tunísia, Egito, Líbia e outros processos que ficaram conhecidos como a Primavera Árabe abriram situações de instabilidade e esperança. Neste momento, esse processo se estende à Síria, que passa por uma guerra civil contra a ditadura de Bashar Al Assad. Diante de tal conjuntura, a CSP-Conlutas convidou a ativista síria Sara Al Sure, que está exilada no Líbano, para uma maratona de debates no Brasil.
Veja também a entrevista que o Portal do PSTU fez com Sara Al Suri:
Para uma entrevista mais completa acesse o link:
http://www.pstu.org.br/internacional_materia.asp?id=14646&ida=0
Notícia com informações da notícias.ufsc.br
A crise política e ética de uma parcela da esquerda mundial
ResponderExcluirAs posições políticas alinhadas com o imperialismo não podem mais ser tratadas como diferenças táticas, a crise com os valores marxistas/leninistas de certos setores da esquerda mundial está tomando proporções assustadoras e criminosas, que afetam a correlação de forças na luta de classe, na medida que manipula um setor importante da vanguarda e da juventude com suas posições contaminadas pelo inimigo, e afetam, sobremaneira, a prática da solidariedade internacionalista à luta dos povos oprimidos contra o capital e o imperialismo. Em particular, afeta, no Oriente, sobretudo, à luta pela Palestina Livre.
http://somostodospalestinos.blogspot.com.br/2013/01/na-trincheira-do-inimigo.html
http://lbi-qi.blogspot.com.br/2013/02/blog-somos-todos-palestinos-confirmao.html
Saudações!
ResponderExcluirVou aqui rebater calúnia por calúnia dos infelizes textos que o "Anônimo" se refere... Vou precisar de espaço então vai extrapolar o limite de um post. Vamos lá!
É realmente lamentável, que aqueles que defendem os bombardeios aéreos de Assad contra a população civil, a tortura de estado, o assassinato até mesmo de crianças, mulheres e idosos façam calúnias desse estilo. Ainda por cima a calúnia é muito tosca. Chega a ser ridícula. Sustenta-se nesses links postados acima pelo escritor "Anônimo" que a Sara Al Suri, militante da revolução síria, defende o exército de Israel. No entanto, a tal entrevista é essa que está postada aí em cima no Blog pra todo mundo ver. Onde ela defende isso? Em nenhum momento! Suas posições vão no sentido justamente contrário.
Lamentável ver uma esquerda lacaia de ditaduras burguesas da pior espécie, como a de Kadaffi, Assad e Ahmadineyad, ditadores esses que nem o imperialismo norte-americano e europeu tem coragem de defender cegamente e que aplicam ou aplicaram planos neoliberais em seus países, que proíbem a organização sindical e greves e que nunca fizeram nada pela causa palestina, agora, usarem de amálgamas para se valerem de suas posições políticas vergonhosas. Amálgamas é um método de fazer política inaugurado por Stálin, outro que não fez nada pela luta dos povos árabes, que se utilizava de calúnias morais contra seus adversários para os desacreditarem politicamente.
É importante dizer quem é Sara Al Suri... Ela não tem nada haver, por exemplo, com a projeção que tinha a esposa do ditador Assad no mundo ocidental (notadamente nos EUA), até antes de estourar a guerra civil, como uma madame do mundo árabe e com gostos elitistas. Sara Al Sure está presente nas lutas da classe trabalhadora mundial, como a Revolução Síria, e se tem alguma projeção vem daí, a exemplo do recente ato em solidariedade ao povo do pinheirinho que esteve presente depois de um ano da violenta desocupação do PSDB. Exemplos como esses, que é o que está fazendo agora o povo sírio para derrubar uma ditadura de quase meio século de tirania, mostram que a construção de uma sociedade socialista é possível.
Mais uma calúnia contra o processo da revolução síria, assim como calúnias que beiram ao ridículo de que as manifestações de milhares durante a revolução síria eram feitas por atores (haja ator, hein?), de que a luta do povo era na verdade meia dúzia de mercenários (estranhos mercenários que precisam ser bombardeados pelo país todo, inclusive cidades inteiras dizimadas) e tantas outras que acontecem contra quem luta contra um poder ilegitimamente constituído, ainda mais um como o da família Assad que governa o país há mais de 40 anos por meio de estado de exceção. Sabiam disso? Lá não pode fazer greve, organizar sindicato ou fazer qualquer crítica ao governo. Sabiam disso? Lá manifestações, greves e lutas populares são punidos com a cadeia, a tortura e muito mais frequentemente o assassinato das piores formas. Sabiam disso? Lá um soldado que se nega a reprimir o povo a mando do regime é condenado a pena de morte sumariamente. Sabiam disso? Esse é o governo Assad que goza do apoio da maioria da população? Questiono os caluniadores com as mãos sujas do povo sírio!
Continuando...
ResponderExcluirO texto enviado pelo "Anônimo" chega a propagandear Bashar Al-Assad, dono de uma fortuna de mais de US$ 20 bi, como um lutador contra o imperialismo. Quanta incoerência! Se ele é antiimperialista, por que vem implantando a liberalização da economia no país junto do retrocesso do país a uma economia eminentemente agrícola? Por que ele massacra camponeses em benefício de grandes proprietários e do monopólio da água para grandes produtores? Por que a família Assad manteve uma ocupação do Líbano a mando de Israel, dos EUA e em colaboração com grupos fascistas locais até há bem poucos anos atrás; ou que manteve intacto a agressão e domínio israelita das colinas de Golã; ou que fez parte da aliança do Bush pai na guerra do golfo de 1992? Por que Bashar tem os armamentos mais sofisticados do mundo contra a população e a oposição em dois anos de conflito não tem sequer defesa antiaérea para resistir? Quem é que é armado por quem? E mais, a China e a Rússia, grandes patrocinadoras de Assad, são o quê? Esses países não representam interesses de multinacionais e do imperialismo que estão instalados dentro desses países?
Dentro de todo esse contexto, o ditador Assad não responde e não revida à máquina de guerra israelense em suas constantes agressões ao mundo árabe, que ocupou as colinas de Golã e que recentemente vem disparando alguns mísseis contra solo sírio, assim como nunca forneceu armas para a resistência palestina (como assim o Bashar é um lutador da causa palestina?). Mas contra a população civil de seu próprio país ele não tem piedade e bombardeia sem dó com violentos bombardeios aéreos uma população que não tem a chance sequer de se defender contra modernos aviões de caça. É importante lembrar ainda que o Hamas, que governa a Faixa de Gaza e que defende um enfrentamento direto com Israel, apóia a revolução síria e quem apoia o regime de Assad é justamente o Fatah, que governa a Cisjordânia e defende a conciliação com o estado de Israel através da saída dos dois estados, onde Israel tem tudo e a Palestina nada. Será que isso não quer dizer muita coisa?
Finalizando...
ResponderExcluirSobre o que diz a matéria a respeito de posições de alguns raros setores de esquerda, como a LIT e o PSTU, que defendem a revolução síria, chega a ser igualmente ridículo em suas insinuações. É muito lamentável ver que os EUA e a União Européia, diante de todos os acontecimentos da revolução árabe, que inclui a Síria, conseguem ter mais tato político e contato com a base para saber de suas aspirações, e assim adequar sua política para ganhar a opinião pública para seus objetivos estratégicos, quando comparado com a maioria da esquerda que se mantém do lado do atraso e do ditador. Noriega, que foi ditador no Panamá, chegou ao poder com a colaboração da CIA, mas quando este não foi mais útil aos EUA, ele foi deposto por eles. Assim age o imperialsmo norte-americano com os ditadores do terceiro mundo. Assad agora não é mais útil ao imperialismo, pois ele é o elemento desestabilizador não só na Síria, pela revolução que se levanta contra ele, e sim também nos países fronteiriços e que são fundamentais para o projeto imperialista na região, a exemplo da Turquia, Israel, Líbano e o próprio Irã. É o cúmulo do ridículo ver que a maioria da esquerda apoia e defende aquilo que o setor mais forte do imperialismo já condena como parte do lixo da história.
Por fim, não poderia deixar de me manifestar sobre o tom preconceituoso com que trata a primavera árabe os textos mencionados. A posição da maioria da esquerda de que o que acontece lá não passa de uma manipulação ou de grupos islâmicos radicais ou do imperialismo é lamentável. Agora que o povo se levanta contra regimes ditatoriais que provocaram muita miséria e opressão numa luta heroica e com grande grau de espontaneidade e sacrifício a maioria da esquerda arranja desculpas para apoiar ditadores facínoras e defender o status quo.
Sobre o Kadaffi, que governou a Líbia, e sua pretensa luta antiimperialista, como menciona do texto postado pelo Anônimo, mando apenas o link de uma notícia que desnuda quem realmente era Kadaffi, nada mais nada menos do que um colaborador da CIA, e vice-versa, que veio a deixar de ser útil ao imperialismo devido à revolta popular. Veja o ink: http://ultimosegundo.ig.com.br/revoltamundoarabe/documentos+revelam+ligacao+entre+cia+e+kadafi/n1597192407270.html
Saudações Revolucionárias,
Daniel
Por fim, só queria registrar que nas "matérias" citadas pelo escritor anônimo é censurado e impedido de se expressar os posicionamentos contrários. Ditadura lá ditadura cá!
ResponderExcluirQUEM É BASHAR AL-ASSAD? Além de ditador da Síria e atual comandante de um piores genocídios da história recente da humanidade, também é um dos homens mais ricos do planeta. A centralização política que existe na Síria expressa também uma incrível centralização econômica e militar. Ao longo de quase meio século de tirania a família Assad foi centralizando poder, riqueza e comando, através de laços familiares e de interesse de classe que foram se formando e se consolidando. O irmão de Bashar, que se chama Maher Al-Assad, dirige a repressão de estado junto de um núcleo muito restrito. O primo de Bashar, chamado Rami Makhlouf, é o mais rico empresário da Síria beneficiado pelas privatizações que acabou abocanhando em nome do clã Assad. Inclusive, Rami é um emprestador para o Estado Sírio lucrando muito com isso. O "laico" regime de Bashar Al-Assad fez de sua família e do seu regime um pilar fundamental da garantia dos interesses da burguesia do país independente de sua condição étnico-religiosa. Estima-se que a família Al-Assad detenha de 60% a 70% dos ativos do país que opera em negociações multimilionárias com grandes bancos e multinacionais. Uma brutal concentração de renda que impulsiona uma sociedade com extremas desigualdades sociais e a falta das liberdades democráticas mais mínimas que agora está abalada pela primavera árabe! Todo apoio à luta do povo sírio!
ResponderExcluirhttp://www.hoy.com.ec/noticias-ecuador/15-figuras-politicas-amasan-fortunas-de-145-757-millones-563925.html
QUEM É ASMA AL-ASSAD? Atual primeira dama da síria que já foi executiva do JP Morgan. Elogiada pelo imperialismo por ser uma madame do mundo árabe com gostos ocidentalizados elitistas. Agora, com a Revolução Síria e a matança do regime político que faz parte, ela perdeu grande parte do ibope. Bem-feito!
ResponderExcluirhttp://oglobo.globo.com/mundo/asma-al-assad-rosa-do-deserto-abalada-pela-primavera-arabe-4394039
Esses dois (Asma e Bashar) são os "lutadores", "antiimperialistas", "socialistas" e "pró-Palestina" que a esquerda castro-chavista e stalinista defendem a todo custo!