PSTU-SC realiza curso de formação sobre a questão da mulher



Aproveitando o feriado de 01 de maio, os militantes do PSTU-SC se reuniram em Florianópolis para realizar um curso de formação teórica  sobre a questão da mulher.  O curso intitulado “Os Revolucionários e a questão da mulher” é uma continuação de nosso curso básico sobre este tema e aprofunda as questões históricas sobre a origem da opressão à mulher. 

Em três dias de estudo, diversos temas foram abordados, como a origem da família e o excelente livro de Engels “A origem da família, da propriedade privada e do estado”,  o processo de integração da mulher na produção capitalista e as contradições desse processo, com textos de Lenin e Clara Zetkin,  e necessidade da organização conjunta de homens e mulheres da classe trabalhadora para lutar contra o capitalismo e exploração de seu trabalho, mas também contra a opressão à mulher, contra o machismo.

Nos textos de Lenin e Trostky pudemos ver as medidas concretas para libertação da mulher que foram aplicadas na URSS depois da Revolução Russa, em 1917, como igualdade jurídica, direito ao divórcio e ao aborto. Mas também como a garantid uma luta para o trabalho doméstico não ocupasse mais a maior parte do tempo de trabalho, com a construção de creches, restaurantes e lavanderias coletivas. Também vimos como essas medidas foram retrocedendo quando o stalinismo e sua degeneração começaram a corroer as conquistas da revolução. Outros assuntos estudados, embora de maneira bastante sucinta, foram as teorias contemporâneas de gênero.

Para nós, do PSTU, é fundamental o entendimento de que metade da classe trabalhadora vive hoje sob não somente o peso da exploração de seu trabalho, mas também da opressão por conta de seu gênero. E não resgatamos a história somente por curiosidade; nossa preocupação é com o futuro. Um partido que se propõe a organizar a classe trabalhadora deve ter a obrigação de lutar contra o machismo em todas as suas mais variadas faces.

Para que a luta contra os patrões e governos seja vitoriosa, ela não pode ser feita com apenas metade dos trabalhadores. Hoje as mulheres já são metade da classe trabalhadora, e no Brasil são a maioria. Não conseguiremos nunca unificar todos os trabalhadores se desqualificamos as mulheres, se não observamos que há demandas específicas, se não incorporamos suas reivindicações e não as ganhamos para a luta.

O PSTU luta contra o machismo e por isso se debruça para elaboração de cursos de formação de seus militantes neste tema. Os cursos são somente o primeiro passo para entender e tomar consciência sobre o problema e como ele se manifesta. A partir daí, podemos aplicar em nosso programa a luta das mulheres e incorporá-la também em nossa militância cotidiana. 


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