Aumento da tarifa Intermunicipal do ônibus: um verdadeiro Roubo!





Mais uma vez a passagem de ônibus aumentou na linha intermunicipal da Grande Florianópolis. O aumento variou de 6,87% até 7,23%. Na cidade de Palhoça a passagem passou para R$ 6,00 no intermunicipal. Enquanto isso a inflação oficial do país acumulada de julho de 2016 à junho de 2017 foi de aproximadamente 3%. O reajuste, portanto, foi mais do que o dobro da inflação. Ano passado, em junho, já tinha ocorrido aumento médio de R$ 0,30 nas tarifas das linhas intermunicipais.


Estes aumentos não tem como disfarçar: são verdadeiros roubos e prejudicam estudantes, desempregados/as, aposentados/as e trabalhadores/as. Quem sai ganhando é a máfia dos transportes composta por empresários e por políticos (vereadores, prefeitos e demais governantes) que controlam o transporte urbano e saem lucrando como sempre as nossas custas.


Quem autoriza esse tipo de aumento nas linhas intermunicipais é o DETER, órgão do governo estadual de Raimundo Colombo. O mesmo órgão que faz vista grossas para as péssimas condições dos ônibus que transitam pela região.

É muito comum encontrar ônibus com buraco no chão, banco quebrado, muito velho e até com goteira. Inclusive, tivemos recentemente um ônibus biarticulado da Jotur que rompeu no meio por estar velho e sem manutenção. Por sorte ninguém se feriu. A ganância de empresários e políticos colocam até mesmo as nossas vidas em risco.


Mas nem tudo é tão ruim que não possa piorar. As paradas de ônibus são desconfortáveis e pouco protegem do sol ou da chuva. Isso quando tem. Os horários são escassos e as linhas também. É preciso ter muita paciência para esperar o ônibus para andar neles. Falta também mais linhas diretas. Isso quando não somos socados como sardinhas em ônibus lotados ou ele não passa direto por falta de espaço. As mulheres, em especial, sofrem mais pois essa situação cria um terreno propício para assediadores. Motoristas e cobradores também se arriscam e tem péssimas condições de trabalho. A lista é infinita de problemas.


Quem anda de carro não se safa, porque a tranqueira nas principais vias da região formam filas gigantescas. Tudo porque não tem transporte público com qualidade e acessível, que permita as pessoas optarem pelo transporte coletivo.


Os patrões do ônibus pintam e bordam e nos fazem de gato e sapato porque também as Câmaras de Vereadores e Prefeituras comem na mão dos empresários. Prefeitos e vereadores da grande Florianópolis não estão nem aí para a juventude e os trabalhadores porque quem paga a campanha eleitoral deles é o dinheiro que os empresários nos roubam com passagens que custam o olho da cara.



Qual a saída?

O PSTU defende a estatização do transporte coletivo sob controle democrático dos trabalhadores. Enquanto ele for um monopólio de empresários e políticos corruptos para assaltarem a população as coisas só vão piorar. Com a estatização será possível garantir passe-livre para desempregados e estudantes. Para o conjunto da população será possível reduzir significativamente as tarifas rumo à tarifa zero. Para os trabalhadores do transporte será possível melhorar as condições de trabalho e atender suas reivindicações. Será possível ter mais linhas e horários e veículos melhores.


Será mesmo que isso tudo é possível? Sim, porque com a estatização sob controle dos trabalhadores o transporte coletivo não vai mais estar a serviço do enriquecimento de poucos, e sim, a serviço do bem estar da população que depende desse serviço. O transporte é um direito da população, principalmente a mais pobre e da periferia, e não uma mercadoria para garantir aos empresários grandes lucros.


Mas só reclamar não basta. Precisamos nos organizar em nossos bairros, locais de trabalho e locais de estudo contra todo esse imenso absurdo que é ter um transporte coletivo ruim, privatizado e caro. Procure o PSTU. Venha se organizar para fazer essa luta. Uma nova revolta da catraca, como as de 2004 e 2005, ainda bem viva na memória de muitos dos que moram, trabalham e estudam na grande Florianópolis, é o que estamos precisando!


PSTU – 02 de agosto de 2017

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