A Questão da Moradia em Florianópolis e o Programa do PSTU
As mansões ou apartamentos de luxo com seus carrões,
complementadas muitas vezes por vistas paradisíacas, não são a regra das
moradias em Florianópolis. Este é um privilégio de poucos, apenas reservado aos
ricos e poderosos. A dura realidade da moradia dos trabalhadores em
Florianópolis está marcada pelo déficit habitacional em suas mais diversas
expressões. Mas não é apenas esse o problema, como se fosse pouco. Os
trabalhadores vivem sob a constante ameaça da retirada brusca de áreas que se
valorizam para darem lugar aos grandes
empreendimentos, ou, simplesmente, devido a uma odiosa política de higienização
social e racial dos governos, que procuram “embelezar” a cidade jogando a pobreza
para o mais longe possível.
Em quase 8 anos de governo Dário Berger
(PMDB) não se impôs qualquer limite ao desejo de lucro da especulação
imobiliária. Gean Loureiro (PMDB), que representa o continuísmo de Dário
(PMDB), manterá a mesma política. César Souza Jr. (PSD), que posa de oposição à
Dário (PMDB) e a Gean (PMDB), representa as famílias Amin e Bornhausen que
também sempre estiveram no poder e sempre governaram para os ricos e poderosos.
O que Dário Berger (PMDB) está fazendo os Amins e Bornhausens iniciaram. Gean
(PMDB) ou Souza Jr.(PSD) são mais do mesmo!
Ângela Albino do PCdoB se apresenta como
alternativa. Mas é importante lembrar que ela representa para a cidade o
projeto de Lula e de Dilma. O governo federal também não vem deixando de
empreender uma contrarreforma urbana nas grandes cidades do país. As obras da
Copa do Mundo e das Olimpíadas, por exemplo, estão despejando milhares de
famílias pobres. Nesse sentido, em nada se diferencia da violenta desocupação
do Pinheirinho, em São José dos Campos, São Paulo, onde o Governo Alckimin
(PSDB), da tradicional direita do país, expulsou covardemente milhares de
famílias pobres com a utilização de grande força policial.
Abaixo traçamos um quadro da situação
atual da moradia em Florianópolis e das políticas aplicadas pelos governos nas
três esferas (municipal, estadual e federal). Elencamos pontos programáticos
fundamentais de uma Florianópolis para os Trabalhadores, mas que de modo
algum consideramos acabados. Colocamos este programa para o debate dos
movimentos sociais, associações de bairro, sindicatos de trabalhadores,
entidades estudantis e estudiosos da área de habitação.
1) O que é o Déficit Habitacional?
Normalmente pensamos que o déficit
habitacional diz respeito somente às pessoas em situação de rua. No entanto,
não é assim que acontece. As pessoas em situação de rua são as pessoas que se
encontram no máximo de degradação que o capitalismo pode impor. A maioria do
déficit habitacional nas cidades é composta por pessoas que se encontram
trabalhando, só que na maioria das vezes com salários baixíssimos e em
condições muito precárias. A maioria do déficit habitacional em Florianópolis e
no país é composto por famílias que possuem renda de até 3 salários mínimos[1].
O déficit habitacional pode ser dividido
em quantitativo e qualitativo. O déficit quantitativo é medido pelas pessoas
que precisam de uma casa nova para morar. O déficit qualitativo é composto
pelas pessoas que moram em situação precária.
O Plano Municipal de Habitação de Interesse
Social traz os dados oficiais mais atualizados que mostram o tamanho do déficit
habitacional quantitativo na cidade. Ele está estimado em 7.842 moradias (dados
para 2009).
São 7.842 famílias que moram em domicílios
sem paredes de alvenaria e com material reaproveitado e de baixa qualidade, que
resultam em contaminações por doenças e uma vida sem qualquer tipo de conforto;
que moram em domicílios improvisados sem qualquer finalidade residencial, a
exemplo de pessoas que vivem abaixo de viadutos, pontes ou em garagens; são
famílias que vivem de aluguel espremendo-se em cômodo único ou destinando
grande parte (mais de 30%) de sua reduzida renda para pagar este aluguel.
Ao mesmo tempo temos 18.609 imóveis vazios
na cidade[2].
Esses imóveis não são as casas ou apartamentos de veraneio dos trabalhadores
que levaram muitos anos de esforço e economia para construí-las. Mas sim, são
milhares de imóveis que tem uma finalidade totalmente diferente. Trata-se de
imóveis vazios que em sua maioria estão nas mãos dos especuladores à espera de
serem vendidos ou alugados pelo maior preço possível, o que fez com que não só
milhares de imóveis ficassem vazios, mas contrariando a lei da oferta e da
procura, também fez com que na última década o preço dos imóveis tenha disparado
subindo 17% ao ano em média.
Quanto ao déficit habitacional qualitativo,
os dados do IBGE demonstram que em 2009 tínhamos pelo menos 21.394 moradias
nesta situação. No déficit habitacional qualitativo somam-se pessoas que moram
em moradias onde falta algum serviço essencial (coleta de lixo, energia
elétrica, água tratada e rede de esgoto), não possuem banheiro dentro de casa,
moram em imóveis próprios com adensamento excessivo (com mais de 3 pessoas por
dormitórios) ou famílias que vivem em terrenos com inadequação fundiária (moram
em imóveis próprios, mas em terrenos que não lhes pertencem).
É nas comunidades pobres da cidade onde o
drama do déficit habitacional é maior. Nas 64 comunidades de periferia de
Florianópolis temos 41% vivendo sem fornecimento de água tratada, 81% sem
esgoto sanitário, 25% sem energia elétrica, 21% sem coleta de lixo e 5% não têm
sequer banheiro em casa. Temos pelo 10 comunidades pobres da cidade que estão
abandonadas a própria sorte e precisam urgentemente de auxílio de políticas
públicas: Ponta do Leal, Vila do Arvoredo, Morro do Mosquito, Morro da
Penitenciária, Nova Jerusalém, Horácio, Morro do 25, Mariquinha, Caieira e Tico
Tico.
Ponta do Leal |
É importante ressaltar que o déficit
habitacional em Florianópolis não para nas fronteiras do município, mas acaba
abrangendo também de forma direta a região metropolitana. São muitos os
trabalhadores de Florianópolis, que devido ao alto preço dos aluguéis, imóveis
e terrenos na capital, vão morar em municípios vizinhos e de maneira muito
precária.
Apenas olhando dados dos municípios de
Palhoça, Biguaçu e São José, que fazem parte de uma região conurbada[3]
que abrange Florianópolis, vemos que a situação de exclusão e precariedade das
habitações é muito grande.
Segundo dados da Prefeitura de
Florianópolis[4],
até o início dos anos 90 havia na região dos 4 municípios 71 favelas, sendo 43
em Florianópolis e 28 nos demais municípios. Passados 15 anos, as agora 64
favelas de Florianópolis se somam 110 dos municípios conurbados, totalizando
174 favelas nos 4 municípios. Um crescimento nesse período de 145,07% no número
de favelas e com os municípios vizinhos passando a concentrar a maioria delas.
2) O Papel dos Governos e a Especulação Imobiliária
A especulação imobiliária e os políticos
dos grandes partidos formam uma poderosa máfia que nunca deixou que se rompesse
com o atual modelo de crescimento das cidades que provoca o déficit
habitacional. Florianópolis atualmente não possui uma política de habitação que
mereça esse título, seja por parte do governo municipal, estadual ou federal.
Dados recentes mostram que a habitação vem
sofrendo com baixos investimentos e ainda por cima com muitos cortes de verbas.
Em 2011 o Governo Dário (PMDB) programou gastar R$ 10.696.747,67 com habitação
e acabou investindo somente R$ 580.863,09, ou seja, cortou 94,57% das verbas.
Ao longo de todo o Governo Dário (PMDB), os investimentos da prefeitura em
habitação foram sempre irrisórios, e mantiveram-se estagnados como participação
do total que a prefeitura arrecada, conforme a tabela abaixo.
ANO
|
Percentual do Orçamento Municipal
Investido em Habitação
|
2005
|
0,44%
|
2006
|
0,89%
|
2007
|
1,13%
|
2008
|
0,95%
|
2009
|
0,83%
|
2010
|
0,12%
|
2011
|
0,04%
|
2012
|
0,72%
|
Fonte: Secretaria do
Tesouro Nacional e Prefeitura de Florianópolis
|
Se faltam verbas, também faltam políticas
de habitação. Desde 2007, por exemplo, que não é atualizado o Plano Municipal
de Redução de Riscos e Escorregamentos[5]
que mapeia as áreas de risco da cidade. Ao todo, no estudo de 2007, foram
mapeadas 101 áreas de risco, sendo 9 classificadas de risco muito alto. Uma
delas é o Morro da Mariquinha que foi classificada como área de risco muito
alto e ao mesmo tempo é um grande exemplo de descaso com a população.
Mesmo com o estudo de 2007 as obras para
diminuir os riscos não existiram no Morro da Mariquinha. No final de 2011,
infelizmente, houve a tragédia do deslizamento de uma rocha que levou três
casas abaixo e deixou 1 pessoa morta. Desde então, 21 famílias foram removidas
do local devido aos riscos decorrentes do deslizamento, e estão recebendo da
Prefeitura apenas um aluguel social de irrisórios R$ 300,00 por família como
ajuda. Segundo o Jornal Notícias do Dia de 23/jul/2012, o pagamento desse
aluguel social está atrasado desde junho. Nessa área ainda continuam vivendo
2.000 famílias que convivem com esse risco ao lado da omissão da política da
Prefeitura.
Ao mesmo tempo condições existem para se multiplicar
os gastos com habitação no município de forma imediata e emergencial. Isso não
tem sido feito até agora por uma opção de classe do Governo Municipal. Em 2012,
por exemplo, o Governo Dário (PMDB) programou gastar 28,4 milhões de reais com
as dívidas públicas, enquanto o orçamento municipal da habitação receberá (se
não houver novos cortes) somente 11,8 milhões de reais. É importante lembrar
que essas dívidas têm como única finalidade encher o bolso de banqueiros e
grandes empresários. Caso as dívidas dos ricos e poderosos não fossem pagas
para se priorizar pagar uma dívida social com os trabalhadores, poderíamos ter
investidos em habitação no mínimo 40 milhões de reais em 2012.
Morro da Mariquinha - Local do Desarte |
O Plano Diretor da cidade, que poderia
ajudar a resolver o problema do déficit habitacional, vem sofrendo todo tipo de
golpe da Prefeitura de Dário Berger (PMDB). As comunidades são substituídas no
processo de elaboração do Plano por empresas privadas contratadas pela
Prefeitura. Mesmo com a obrigatoriedade em lei do Plano Diretor nas cidades com
mais de 20 mil habitantes, desde 2006 que a Prefeitura impede a aprovação e o
debate democrático do Plano Diretor. Mesmo sem o Plano a Prefeitura continua a
liberar as construções que beneficiam somente a especulação imobiliária. Assim
o que acaba existindo na prática é um Plano Diretor informal, onde quem determina
é a especulação imobiliária e as famílias pobres continuam a sofrer com a falta
de políticas de habitação e a alta do preço dos aluguéis, terrenos e imóveis.
O atual drama da falta de políticas de
habitação é uma responsabilidade também dos Governos estadual e federal que não
investem na área. O Governo Colombo esvazia cada vez mais a COHAB e sucateia e
privatiza outras empresas importantes relacionadas à habitação, a exemplo da
municipalização/privatização da CASAN, que é responsável pelo saneamento básico.
O percentual do orçamento estadual destinado por Colombo (PSD) para a Habitação
em 2011 foi de irrisórios 0,18%.
Muitos podem pensar que com o Governo
Dilma a realidade é diferente. Porém, não é este o caso. Dilma (PT) investiu em
2011 apenas 0,042% do orçamento em habitação e conseguiu ser pior do que
Colombo (PSD) e Dário (PMDB).
Quanto ao Programa Minha Casa Minha Vida
ele não é voltado para construir casas populares a um custo zero para quem mais
precisa. A proposta do Programa é fornecer crédito aos trabalhadores para
pagarem por casas novas. Os juros cobrados dos trabalhadores, embora alardeados
como “baixos”, é 16 vezes superior ao que é pago pelas empresas em empréstimos
junto ao próprio governo federal através do BNDES, por exemplo. Não por um
acaso que somente 25% dos recursos foram destinados aos que possuem renda
familiar de até 3 salários mínimos (os que mais sofrem com o déficit
habitacional), pois estas famílias possuem pouca capacidade de endividamento,
e, assim, o Programa não as alcança na maioria dos casos. Quando alcança,
produz verdadeiras aberrações: conjuntos habitacionais afastados dos grandes
centros urbanos com apartamentos de apenas 32 metros quadrados (verdadeiras
“caixas de fósforos”, como são apelidadas por muitos de seus moradores)! Em
algumas cidades, como Florianópolis, onde os preços dos terrenos são muito
altos, o Programa não pôde sequer ser implantado para as famílias que ganham
até 3 salários mínimos.
A lógica dos governos é muito simples. Não
se investe em habitação e na construção de moradias populares. O que se
oferece, quando se oferece alguma coisa, é crédito “facilitado” para os
trabalhadores se endividarem na construção da sonhada casa própria.
Normalmente, mesmo com a entrega do FGTS para o financiamento do imóvel, ele
nunca pode cobrir o financiamento da casa inteira e o trabalhador fica
endividado durante décadas. Tudo para que a especulação imobiliária e o sistema
financeiro lucrem cada vez mais.
3) As Propostas do PSTU para Garantir Moradia Digna para Todos
os Trabalhadores
O espaço urbano de Florianópolis é objeto
de constantes disputas entre os trabalhadores e a especulação imobiliária da
cidade e seus governos capachos. Foi a serviço da especulação imobiliária que o
governo Amin (PP), no inicio da década de 90, movido por uma absurda política
de ódio aos pobres, enfrentou a admirável resistência dos moradores da beira da
via expressa e expulsou essas famílias e destruiu seus casebres. Foi
enfrentando a especulação imobiliária, e derrotando muitos de seus planos, que
bairros, como o Monte Cristo, foram construídos. A luta não ficou no passado na
nossa cidade. Hoje, um dos principais enfretamentos, se dá na definição e
aprovação do Plano Diretor. Vamos ter um plano a serviço da especulação
imobiliária ou para se organizar o crescimento da cidade de modo a que os
trabalhadores cresçam com ela e tenham acesso a essa cidade?
A luta pela moradia é uma luta histórica
dos trabalhadores. É um direito democrático reconhecido por inúmeras
constituições e declarações de direitos humanos. No entanto, o capitalismo, por
transformar os terrenos e imóveis em mercadorias cada vez mais caras, é incapaz
de resolver o problema da moradia. Nós, do PSTU, concordamos com o grande
pensador socialista, Friedrich Engels, para quem a luta pela moradia era
indissociável da luta pelo socialismo: “Para pôr fim
a esta falta de habitação, há apenas um meio:
eliminar a exploração e opressão da classe trabalhadora pela classe dominante” (Para a Questão da Habitação).
Foi através de incentivos fiscais, de financiamentos
baratíssimos do poder público, da privatização e da dilapidação da coisa
pública e da fraude pura e simples de títulos de propriedade ou licenças para a
ocupação de terrenos públicos ou de áreas de preservação natural, como tivemos
uma amostra com o escândalo da moeda verde, que os grandes especuladores se
tornaram donos de grandes fortunas.
Para
fazer suas campanhas eleitorais milionárias, os partidos da direita
tradicional, como o PMDB de Gean Loureiro e Dário Berger, ou o PSD de César
Souza Jr. e o PP de seu vice, João Amim, contam com o dinheiro desses
especuladores para financiá-las. Depois, os especuladores cobram a fatura, as
promessas de resolver o problema da moradia não se cumprem e assim se reproduz
o mesmo círculo vicioso de políticas anti-trabalhador. Lógica igual
lamentavelmente segue alguns partidos identificados historicamente com a luta
dos trabalhadores, como o PCdoB e o PT, da candidatura de Ângela Albino. Eles
também se renderam aos milhões das grandes empresas e dos especuladores. Não
importa quem deles ganhe, o interesse das grandes construtoras e de todos os
grandes especuladores estará garantido no governo desses partidos.
Nós, do PSTU, não aceitamos dinheiro dos
especuladores ou de qualquer patrão, por isso fazemos essas denúncias e temos
um programa totalmente diferente da mesmice das promessas eleitorais. Nossa
campanha é feita com o dinheiro que arrecadamos com nossos militantes,
apoiadores e com atividades junto da classe trabalhadora. Por isso, defendemos
um programa de enfrentamento com a especulação imobiliária, apoiados na
mobilização e organização independente dos trabalhadores e sem-tetos, para
resolver o problema do déficit habitacional.
ü
Pelo fim dos contratos com empreiteiras e construtoras privadas e pela
sua expropriação para a formação de uma empresa pública de habitação! Em defesa
de um plano de obras públicas de habitação para zerar o déficit habitacional e
com custo zero para as famílias vítimas do déficit!
ü
Limite legal do preço do aluguel a até 10% da renda do trabalhador! Rumo
ao fim da necessidade de ter que pagar aluguel com a garantia de moradia digna
para todos!
ü Por um IPTU fortemente progressivo sobre os bens da burguesia,
fortemente regressivo sobre a classe trabalhadora e que isente os desempregados
e moradores de periferias! Parar de pagar a dívida da Prefeitura aos grandes
capitalistas para aumentar emergencialmente o orçamento municipal para a
habitação e áreas relacionadas, como o saneamento básico! Que Dilma garanta a
aplicação de no mínimo 6% do PIB em habitação!
ü
Regularização de terrenos ocupados pelo movimento popular e de
trabalhadores pobres! Incentivo a essas ocupações e garantia de moradia e de
acesso a serviços públicos essenciais para essas famílias!
ü
Por um Plano Diretor realmente participativo e democrático onde quem
decida sejam os trabalhadores e não a especulação imobiliária!
ü
Pela expropriação e utilização dos imóveis vazios em condições de uso e
destinados a especulação para abrigar as famílias sem moradia ou em áreas de
risco! Expropriação dos terrenos e empreendimentos da especulação imobiliária
para fins de Reforma Urbana!
ü
Amplo debate com os movimentos sociais, técnicos das universidades e as
comunidades afetadas para mapear e monitorar constantemente as áreas de risco
da cidade e tirar as políticas a serem implantadas e a definição do orçamento
para a concretização dessas políticas!
ü
Não às privatizações de serviços e empresas públicas, como a CASAN,
COMCAP e CELESC! Tarifas públicas, a exemplo da tarifa de coleta de lixo, que
isente os mais pobres e que siga o princípio da progressividade para os ricos!
ü
Em defesa do direito de auto-organização e autodefesa dos movimentos de
trabalhadores sem-teto que ocupam áreas urbanas da cidade!
ü
Toda solidariedade aos moradores do Pinheirinho! Pela devolução do
terreno e reconstrução das casas dos antigos moradores! Todo apoio às demais
ocupações de sem-teto no país com o atendimento integral de suas reivindicações!
ü
Por uma reforma urbana radical sob controle dos trabalhadores que acabe
com a especulação imobiliária, garanta moradia digna para todos, preserve o
meio ambiente e garanta o acesso da classe trabalhadora à cidade!
[1] Plano de Habitação de Interesse Social.
Disponível em: http://www.pmf.sc.gov.br/arquivos/arquivos/pdf/23_09_2010_17.30.11.14381dca035194b8e0dae9a22f3f2603.pdf
Acessado em: 01/08/2012
[2] Ibidem.
[3] Cidades onde existe uma
unificação da malha urbana.
[4] História da Habitação em Florianópolis. Disponível em: http://www.pmf.sc.gov.br/arquivos/arquivos/pdf/22_11_2011_17.23.25.defd0b90d23c5d2b34648aba948b69c9.pdf
Acessado em: 01/08/2012
[5] Disponível em: http://www.pmf.sc.gov.br/arquivos/documentos/pdf/23_07_2010_16.38.39.835b4825aae2a350687df7fbf275e9a3.pdf
Acessado em: 01/08/2012
Gostaria de saber onde encontro a informação do aumento de 17% ao ano nos valores da moradia, e se esse número já leva em conta a inflação de cada ano.
ResponderExcluirGrato!
Olá, companheiro ou companheira!
ResponderExcluirOs dados disponíveis sobre o aumento dos aluguéis são apenas dados estimados e quem divulga são os sindicatos patronais da construção civil, o que faz com que na prática possa ser maior ainda do que divulgam. Os dados que eles divulgam são altíssimos no estado e na cidade.
No estado tivemos um crescimento médio de 17% a 20% ao ano na última década conforme link a seguir: http://revista.penseimoveis.com.br/especial/rs/editorial-imoveis/19,480,3451981,Mercado-da-construcao-civil-segue-em-alta-em-Florianopolis.html
Já na cidade estamos tendo um crescimento de 15% a 20% ao ano: http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default.jsp?uf=2&local=18&newsID=a3288982.xml&channel=84&tipo=1§ion=Geral
Sobre a relação com a inflação, infelizmente, não está especificado. Mas como podemos ver os reajustes são maiores do que a inflação, seja ela medida pelo IPCA (índice de inflação oficial do país) ou o IGP-M (índice em que se baseia os reajustes de aluguel, normalmente). Os aumentos no aluguel, segundo os dados disponíveis, também são maiores do que os reajustes salariais ou de aposentadorias e pensões.
Os governos não impõe limites a especulação imobiliária e nossos bolsos é que pagam com isso! Inclusive, é uma vergonha que os governos sequer se preocupem em produzir um estudo sequer que esclareça a evolução dos preços dos aluguéis, imóveis e terrenos.
Abraços, Daniel, Militante do PSTU.