Metalúrgicos da GM fecham a Via Dutra contra as demissões



Trabalhadores querem intervenção do governo Dilma para manter empregos; montadora já começou a desativar fábrica, apesar de ter se comprometido a não tomar qualquer decisão antes de sábado
*Da Redação
• Numa das mais fortes mobilizações dos últimos anos, os metalúrgicos da General Motors de São José dos Campos (SP) ocuparam a Rodovia Presidente Dutra nesta quinta-feira, dia 2. A principal estrada do país ficou parada por 1h10, nos dois sentidos, entre São Paulo e Rio de Janeiro.

O principal objetivo da manifestação é exigir da presidente Dilma que receba os trabalhadores e intervenha para impedir as duas mil demissões que a montadora está prestes a concretizar.

Faixas e pneus queimados foram utilizados pelos manifestantes para parar o trânsito. Após a manifestação os operários realizaram uma assembleia para decidir os rumos do movimento.

Empresa começa a desmontar fábrica antes de negociação
Apesar de ter marcado negociação com representantes do sindicato e do Governo Federal para o próximo dia 4 de agosto, sábado, sobre a situação do MVA, linha que a GM ameaça desativar, e prometer não fazer qualquer demissão até lá, a montadora já começou a retirar os equipamentos da fábrica na noite desta quarta. A multinacional já está desativando setores da linha e o sindicato estima que até sexta o MVA esteja totalmente parado.

A GM começou a desativar a linha horas depois de o ministro da Fazenda Guido Mantega ter se pronunciado a favor da montadora, autorizando a empresa a efetuar as demissões. Segundo o ministro, as demissões é "assunto interno da empresa", apesar de a multinacional se beneficiar com a redução do IPI efetuado pelo governo. Com o fechamento da fábrica, 2 mil trabalhadores podem perder o emprego. O impacto na cidade é estimado em 15 mil postos de trabalho perdidos.

*Com informações do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP)

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