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Zé Maria, um operário socialista

José Maria de Almeida nasceu em Santa Albertina, interior de São Paulo, em 2 de outubro de 1957. Foi três vezes candidato à Presidência da República, 1998, 2002 e 2010. Mas não começou aí a sua trajetória política no país. Zé Maria, como ficou conhecido, começou sua militância política nas greves operárias do ABC no final da década de 70. O jovem metalúrgico Zé Maria começou sua militância entre os anos de 1976 e 1977, em Santo André (SP). Participou ativamente das lutas e mobilizações da classe operária no ABC paulista que foram fundamentais na luta pelo fim da ditadura. Foi preso duas vezes e torturado durante o regime militar por lutar pelo direito à organização dos trabalhadores e pelas liberdades democráticas.  Esteve à frente, em 1980, da fundação do PT e, posteriormente, da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Em 1992, foi expulso do PT junto com a Convergência Socialista por defender o "Fora Collor" contra a direção do partido e por discordar da adaptação petista aos patrões e ao Estado. Em 1994, ajudou a fundar o PSTU. Hoje, constrói a CSP-Conlutas, importante instrumento de organização dos trabalhadores. São quase quatro décadas ao lado dos trabalhadores e da juventude e com a mesma convicção de que só a luta pelo socialismo pode mudar de verdade a vida dos trabalhadores.
1977
Com 20 anos, foi estudar na Fundação Santo André, no ABC. De dia trabalhava como metalúrgico. “Eu era calouro de Matemática, mas fui assistir a um debate na calourada de Sociologia”, lembra. “Fiquei ali, sem entender muita coisa”, diverte-se. Até que o orador começou a falar dos operários, da exploração nas fábricas... “Isso aí eu entendia. Acabei conhecendo o pessoal, que era da Liga Operária”, conta. Próximo ao grupo Trotskista, foi convidado a distribuir o boletim “Faísca”, para o 1º de Maio. “Fui preso na minha primeira panfletagem”, lembra. A campanha pela libertação dos presos motivou as primeiras passeatas dos estudantes contra a ditadura.
1978
É uma das lideranças da onda de greves no ABC paulista e um dos principais dirigentes em Santo André. Operário da Cofap, torna-se um dos membros do comando de greve do ABC. Propõe, no congresso dos metalúrgicos em Lins (SP), a fundação de um Partido dos Trabalhadores. Participa, depois, da fundação do PT e da CUT.
1980
Preso com Lula e mais 10 sindicalistas, Zé Maria é enquadrado na Lei de Segurança Nacional e fica mais de um mês preso.


1984
Muda para Minas Gerais, onde participa da vitória da chapa de oposição, dirigida pela organização Convergência Socialista, no Sindicato dos Metalúrgicos de Belo Horizonte e Contagem.
1989
Zé Maria lidera a greve com ocupação da siderúrgica Mannesman. Durante sete dias, centenas de operários controlaram a empresa. A greve foi notícia nacional.
1992
Junto com a Convergência, é expulso do PT por levar a campanha do Fora Collor, que, então, a maioria da direção do PT era contrária. Zé Maria é um dos fundadores do PSTU, dois anos depois.

1995
Na Executiva Nacional da CUT, esteve à frente dos grandes enfrentamentos contra FHC, como a greve dos petroleiros. E, nos anos seguintes, na greve do funcionalismo, em apoio aos sem-terra e contra as privatizações.

1998
É candidato à Presidência da República pelo PSTU, com o lema “Contra burguês, vote 16”.

1999
Participa da preparação da marcha dos 100 mil em Brasília, onde coloca em votação a proposta de Fora FHC e o FMI.

2000
É preso e agredido na forte repressão da polícia de ACM e FHC, contra a marcha ‘Brasil Outros 500’, em Porto Seguro (BA).

2002
Candidato a presidente, oferece uma alternativa à Lula e Serra que haviam assinado protocolo de intenções com o FMI. O PSTU põe a campanha a serviço da denúncia da ALCA. No segundo turno, o PSTU adverte que, sem romper com a ALCA e o FMI, Lula não iria governar para os trabalhadores.

2003
No primeiro ano do governo Lula, Zé Maria participa ativamente da greve dos
servidores contra a reforma da Previdência.


2004
Entrega seu cargo na Executiva Nacional da CUT e defende a necessidade de uma nova direção para o movimento sindical brasileiro. É um dos organizadores do Encontro em Luiziânia (GO) que reuniu diversos movimentos sociais, sindicatos e federações que discutiram a necessidade de se formar uma nova central, independente dos patrões e dos governos.

2005
Explode escândalo do “mensalão”. Em agosto, Zé Maria é um dos líderes da marcha em Brasília.

2006
O Conat aprova a fundação oficial da Conlutas. Em junho, ato lança a Frente de Esquerda (PSOL-PSTU-PCB) com Heloísa Helena. A frente tenta ser uma alternativa aos dois blocos, de Lula e de Alckmin. Zé Maria é proposto para vice, refletindo o peso do PSTU. No entanto, o PSOL, não aceitou. Em setembro, Zé Maria recebe oficialmente o pedido de desculpas do Estado Brasileiro por ter sido perseguido e torturado na Ditadura Militar e torna-se um anistiado político.

2007
No 8 de março, o Dia Internacional das Mulheres é também de luta contra a presença de Bush no país. O presidente dos EUA foi recebido por Lula enquanto, na Av. Paulista, a tropa de choque atacava barbaramente os manifestantes, ignorando o apelo de Zé Maria, do carro de som. Em junho, Zé Maria viaja ao Haiti e exige a retirada das tropas brasileiras que ocupam o país desde 2004.

2008
Em abril, participa do I Encontro Nacional de Mulheres da Conlutas. Em maio, é detido na Parada LGBT de São Paulo. A pedido da organização da Parada, a PM retira o carro da Conlutas, espancando ativistas. “Uma intolerância inacreditável”, disse Zé Maria. “A marcha é uma manifestação contra a intolerância e foi proibida nossa participação”. Em julho, ocorre o II Congresso da Conlutas, em Betim (MG).

2009
Israel invade Gaza. Zé Maria e o PSTU usam o programa de TV para denunciar o massacre. A crise capitalista provoca milhares de demissões, como na GM e na Embraer. Zé Maria denuncia que o presidente da CUT sabia das demissões na Embraer.

2010
É candidato pelo PSTU à Presidência da República. Enfrentando a censura da grande imprensa, a candidatura de Zé Maria mostrou um Brasil mais próximo da realidade de milhões de trabalhadores que convivem com os serviços públicos precarizados e a superexploração. Nos poucos 55 segundos de tempo de TV, a sua candidatura divulgou ainda a luta dos trabalhadores que ocorriam naquele ano.

2012 
Logo no início do ano, Zé Maria defende os moradores do Pinheirinho retirados de suas casas pela ação truculenta da polícia. “Do governo a gente não quer só apoio, a gente quer é solução”, denuncia o governo Dilma omisso diante da tragédia. 

2013  No programa semestral de TV, dias antes das primeiras grandes mobilizações de junho, Zé Maria denuncia os gastos com a Copa em detrimento dos investimentos nos serviços públicos. Participa ativamente das mobilizações de Junho que sacudiram o país. Defende a importância da entrada da classe trabalhadora organizada e seus métodos de luta (greve, ocupações e passeatas) nestes protestos. Defende a unidade das centrais sindicais na construção de uma Greve geral no país. Constrói o 11 de julho e o 30 de agosto, dias nacionais de paralisações dos trabalhadores em todo o país. Em outubro, a Convergência Socialista, corrente na qual o Zé Maria foi um dos principais dirigentes, é reconhecida pelo Estado Brasileiro pelo seu papel na luta contra a ditadura militar e a consequente perseguição e tortura sofrida pelos seus militantes.

2014
Zé Maria é um dos homenageados pelas Centrais Sindicais por sua luta contra a ditadura militar e pela perseguição sofrida durante este período. O PSTU lança seu nome como pré-candidato à Presidência da República.

Cláudia Durans - Vice
Negra e socialista

Desde os 16 anos de idade, luta contra as perversidades do sistema capitalista. Em 1983, no curso de Serviço Social da UFMA, envolve-se ativamente do movimento estudantil. Participa do PT, mas sai desse partido para construir o PSTU.

Desde 1992, é professora do Departamento de Serviço Social da UFMA. Escreveu livros e artigos que analisam como os trabalhadores enfrentam a exploração e a subordinação política. Atualmente é diretora licenciada  da APRUMA, seção sindical do ANDES-SN, e participa das lutas em defesa da Educação Pública de Qualidade.

Milita ativamente na reorganização do Movimento Negro Classista, e defende que a libertação do proletariado está vinculada às lutas contra a opressão racial.  Como feminista, combate a opressão machista, e luta pela emancipação da mulher trabalhadora.

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