Propaganda eleitoral em SC: mais do mesmo
por Tarcísio
Terminada a primeira semana da
propaganda eleitoral na TV e no rádio, fica evidente que nada mudou na política
eleitoral. É um show de horrores: mentiras, demagogias e falsas promessas deram
a tônica na propaganda dos grandes partidos que governam ou já governaram o
país. Tudo isso embalado em belos programas que se parecem muito com comerciais
de bancos, e com o mesmo objetivo, vender um péssimo produto como se fosse
bom. Para isso marqueteiros
são contratados a preço de ouro com uma verdadeira equipe de cinema, com
maquiadores, cabeleireiros, diretores, cinegrafistas.
O programa de Paulo Bauer para
governo do estado afirma que ele é o candidato da mudança. Depois de quatro
vezes como deputado, uma vez senador, uma vez como vice-governador e mais duas
vezes como secretário da educação (os professores o conhecem bem) é
simplesmente inacreditável ouvi-lo falar em mudança. É muita cara de pau! O que
apresentou na TV é o mesmo que apresentou Aécio Neves para presidente, mais uma
vez beneficiar os grandes empresários e banqueiros.
Raimundo Colombo também
impressiona negativamente. Primeiro porque apresenta os dados sociais de Santa
Catarina, que felizmente são superiores ao resto do país, como se fossem fruto
de seu governo. Na verdade os dados positivos que apresentou são historicamente
conquistados, como a baixa taxa de analfabetismo. Muito ruim colocar o mérito
como se fosse dele. Sobre a segurança pública, diz que contratou 5500
policiais, como se fosse algo grandioso, só não fala que nesse período o número
de policias aposentados foi maior que isso.
A mesma manobra á aplicada aos dados da saúde e da educação, e só fala a
verdade quando diz que entregou três hospitais. Entregou mesmo! Entregou de
bandeja a iniciativa privada, para grandes empresários administrarem cobrando
bem caro do povo! Para fechar com chave de ouro, se vangloria das inúmeras
viagens onde teria conseguido dinheiro para Santa Catarina. Conseguiu sim, mas
foi em troca de negociatas para apoiar o governo Dilma e ampliar seu palanque
no estado. Além disso, endividou o estado pelas próximas gerações.
Já Cláudio Vignatti - o candidato
do partido dos trabalhadores que vejam só, é um empresário - não fala nada de
substancial. Fica citando os nomes de municípios do estado. Proposta política
que é bom, nada! Enfim é uma candidatura que cumpre seu papel de ajudar Colombo
a vencer no primeiro turno.
A primeira rodada de programas
foi conforme esperado, nada de novo. São esses candidatos que governam o país e
o estado e nada fazem além de governarem sempre para os mesmos latifundiários,
banqueiros e empresários.
Infelizmente, também na esquerda,
não pude deixar de notar com tristeza e um pouco de decepção os programas de
Afranio Boppré ao governo do estado. O programa para a segurança pública, por
exemplo, defende a unificação das polícias, mas não explica como. Dá a entender, ao não defender
desmilitarização, que seria uma polícia única e militar. O programa para as drogas nada tem a ver com
a discussão da esquerda: defendem combater o narcotráfico com mais policia na
rua, ao invés de defender a descriminalização. Espero que os próximos programas
mostrem um Psol diferente, ainda dá tempo de corrigir.
Por fim, parabenizo Gilmar
Salgado, que mesmo com pouquíssimo tempo e dinheiro, conseguiu apresentar
propostas totalmente diferentes dos outros, defendendo de fato a bandeira do
socialismo, com um governo para os trabalhadores e para a juventude. Qualquer
governo que não rompa com os banqueiros, empreiteiros, agronegócio e grandes
empresários, não mudará a lógica de governar para os
ricos e poderosos.
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