Não ao aumento das passagens em Florianópolis, por uma Frente de Luta contra o aumento!
Não ao aumento das passagens em Florianópolis, por uma Frente de Luta contra o aumento!
08/01/2017
Nos
últimos dias de mandato o prefeito César Souza Júnior aplicou
duros ataques aos trabalhadores e ao povo de Florianópolis. Além de
tentar aprovar um pacotão de maldades - barrado graças à mobilização
dos trabalhadores - e não pagar boa parte dos salários dos servidores
municipais, autorizou mais um aumento das passagens de ônibus a
partir do dia 08 de janeiro (domingo)
O
preço em dinheiro passa de R$ 3,50 para R$ 3,90 e de R$ 3,34 para R$
3,71 no cartão. A tarifa social em dinheiro, não coincidentemente,
será a que terá maior reajuste, 24,44%, indo de R$ 2,25 para R$
2,80. Todos as modalidades sofrerão um reajuste de no mínimo 11%,
muito acima da inflação dos últimos 12 meses, que foi de 6,99%.
É
num cenário de aumento do desemprego, que já chega a 12,1 milhões
de pessoas, redução dos salários, aumento generalizado dos preços,
piora dos serviços públicos, cortes de direitos e rebaixamento do
nível de vida que o trio César Souza, Gean e o Consórcio Fênix,
decide jogar a crise nas costas dos trabalhadores e do povo pobre. É
o mesmo modelo de transporte das outras capitais, uma máfia formada
entre empresários e políticos, que oferece um transporte de baixa
qualidade, com preços abusivos. Com esse reajuste, Florianópolis
passa a ter a segunda maior tarifa entre as capitais brasileiras.
Diversas
outras cidades do país também terão reajuste no preço do
transporte. Até agora nove capitais já aumentaram seus preços e
três pretendem aumentar. Por trás de todos os aumentos no país,
que ocorrem neste momento de festas e férias estudantis está a
tentativa de evitar uma resposta organizada nas ruas com protestos
contra os aumentos. Os políticos e empresários ainda têm bem vivas
em suas memórias as manifestações de junho de 2013 que começaram
com a pauta dos transportes e resultaram na redução de tarifa em
mais de 50 cidades do país.
Ao
mesmo tempo que o governo Temer e esse Congresso Nacional corrupto e
reacionário atacam duramente os trabalhadores, através da já
aprovada PEC 55, da reforma da previdência e trabalhista, os
governos estaduais e municipais também nos atacam. O aumento da
tarifa é parte importante do ajuste fiscal dos governos. Além
disso, o novo prefeito – que representa os mesmos interesses que
seu antecessor – já anunciou um corte de 30% dos gastos da
prefeitura e deve continuar atacando os trabalhadores da cidade,
apoiado nessa Câmara de Vereadores tão corrupta quanto o nosso
Congresso.
O
que propõe o PSTU?
Somente
com a mobilização e organização independente da juventude e dos
trabalhadores é que podemos barrar esse aumento e outros ataques
contra nossos direitos, salários e empregos. Precisamos mudar
completamente a lógica do transporte coletivo, tirando ela das mãos
dos empresários, que lucram com o sofrimento dos trabalhadores. É
necessário estatizar o transporte, para que ele se torne de fato
público e sirva aos interesses públicos, não privados. Além
disso, é necessário que ele seja controlado democraticamente pelos
trabalhadores e pela juventude que depende do transporte coletivo,
através de conselhos populares. Somente assim é que teremos um
transporte com mais qualidade, com mais horários e mais barato,
reduzindo o preço até a tarifa zero!
Unidade
para Lutar
Historicamente
a luta contra o aumento da tarifa e em defesa do transporte público
foi realizado com a mais ampla unidade entre os lutadores da cidade,
através da Frente de Luta pelo Transporte. Foi assim em todos os
últimos anos e precisa ser assim novamente, para que consigamos
aglutinar e dialogar com o maior número de estudantes e
trabalhadores.
É
preciso é claro que essa Frente consiga reunir, além do movimento
estudantil, vanguarda na luta contra o aumento, os sindicatos, as
centrais sindicais, os movimentos sociais, os militantes
independentes e demais organizações que tenham acordo com a pauta,
na mais ampla unidade de ação, para que de forma democrática e
combativa consigamos barrar o aumento.
Esse
ano o Movimento Passe Livre Florianópolis – MPL optou por não
chamar a Frente de Luta pelo Transporte. Fazemos um chamado a todos
os companheiros independentes, movimentos e organizações que tem
construído a Frente de Luta Pelo Transporte, para que construamos
esse instrumento de unidade e de luta!
O
PSTU defende:
-
Revogação imediata dos aumentos de passagens!
-
Reorganização da Frente de Luta pelo Transporte!
-
Passe livre para estudantes e desempregados, já!;
-
Barateamento das passagens rumo à tarifa zero!;
-
Municipalização e estatização dos transportes sob controle dos trabalhadores e da juventude!
-
Debate amplo na cidade e a implantação de maneira pública e estatal de transportes alternativos - como o marítimo e a ampliação das ciclovias - e maior segurança para os ciclistas!;
-
Construir a greve geral para defender transporte público acessível e de qualidade, direitos, salários e empregos!;
-
Fora Todos Eles! Fora Temer, Renan, Aécio, Gean Loureiro e esse congresso e essa câmara!;
-
Por um governo dos trabalhadores apoiado em conselhos populares!
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