Contra o método da calúnia de militantes do grupo Prestista/Intersindical



As manifestações do último 08 e 15 de março mostraram a disposição de luta da classe trabalhadora para não pagar a conta da crise. Os governos de Temer e de Colombo têm uma agenda de retirada de direitos muito profunda que hoje se expressa centralmente nas reformas da previdência e trabalhista. Caso aprovadas representarão um aumento no nível de exploração do povo trabalhador para que as grandes empresas e bancos (nacionais e estrangeiros) não deixem de lucrar cada vez mais e mais.

Na assembleia das professoras e dos professores da rede estadual de ensino, representados pelo SINTE/SC, ocorrida no último dia 15 de março, foi unânime a manifestação contrária a essas reformas patrocinadas pelos governos de plantão. No entanto, a assembleia majoritariamente votou contra iniciar a greve nacional do magistério a partir do dia 15 de março. Nova assembleia estadual para decidir o tema foi votada para acontecer em 28 de março e decidir sobre a greve.

O PSTU defendeu a greve na assembleia estadual nas intervenções que seus militantes tiveram, assim como votou conjuntamente a favor da greve. No entanto, nós não consideramos como traidores da categoria e da classe trabalhadora as professoras e os professores que votaram contra o início imediato da greve. É nítido na conversa com as professoras e os professores que sua motivação central para tomarem tal decisão é a imensa desconfiança de que terão mais uma greve traída pela direção do SINTE/SC, composta pela CUT e pelo PT e também pelo PCdoB e CTB. Esta foi a experiência dessa categoria nas greves de 2011, de 2012 e de 2015 com a direção cutista de seu sindicato estadual.

O PSTU vem aqui lamentar o método da calúnia empregado por militantes do grupo político Polo Comunista Luis Carlos Prestes, que dirige a Intersindical Central em Santa Catarina e a organização "Sinte pela Base", afirmando nas redes sociais que o PSTU teria defendido contra a greve. Para nós isso é inaceitável. Não só porque é uma mentira descarada contra quem militou ativamente pela construção da greve, mas porque o método da calúnia é o método dos provocadores a serviço da burguesia, da polícia ou de burocracias para causar divisão e confusão dentro das fileiras da classe trabalhadora e levá-las à derrotas. É o método daqueles que não confiam na mobilização e organização da classe trabalhadora.

Esse método é especialmente nefasto, porque ao invés de estarmos todos concentrados neste momento na construção da greve nacional do magistério e da greve geral da classe trabalhadora para derrotar todas essas reformas e botar pra fora Temer e Colombo, temos que dispersar forças respondendo calúnias.

Nosso partido e sua militância continuará firme na defesa da construção da mobilização nacional do magistério e geral da classe trabalhadora . Vamos incentivar a unidade da categoria para a luta e sua organização de base para que os destinos das suas mobilizações estejam em suas mãos.

PSTU - 22/03/2017 

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