Dilma privatiza pré-sal mesmo sob protestos

Por Diogo Leal Pauletto, militante de SC que participou dos atos no Rio de Janeiro


Protestos marcam a venda do petróleo brasileiro no RJ

O dia 21 de outubro de 2013 ficará marcado como o dia em que se fez uma das maiores privatizações da história. O Governo Federal leiloou o maior campo de petróleo do pré-sal, o campo de Libra. Infelizmente a mesma Dilma (PT) que disse ser um crime privatizar o pré-sal em 2010 acabou por privatizar o mais rico campo de petróleo encontrado no Brasil. Usou exército, marinha e Força Nacional e vendeu a preço de banana. 

O barril de petróleo vale hoje mais de U$100 dólares, mas Libra foi entregue para as mãos privadas como se cada barril valesse apenas R$1 real (Libra possui entre 8 e 12 bilhões de barris e foi vendida por 12 bilhões de reais). A riqueza que era para ser usada no combate a desigualdade social, na educação e saúde públicas, foi mais uma vez para o bolso de ricaços.




Catarinenses presente no ato

O que o Governo fez é por si só um crime. Mas este crime tem mais consequências. Esse leilão serve de impulso para os desejos privatistas de cada prefeitura e governo de estado. O Hospital Florianópolis é exemplo disso em SC.
O movimento sindical e popular catarinense não ficou calado frente a este crime, foi formado um comitê contra o leilão composto por Sinte-Florianópolis, Sinte São José, Sinergia, Sintraturb, Sindprevs, Sintrajusc, Sindpd, Andes, Sintespe, Apraasc, Sindsaude, Unidade Classista, Consulta Popular, MST, Anel, Csp-Conlutas. O comitê organizou panfletagens no centro de Florianópolis denunciando a privatização, com a distribuição de mais de 8 mil panfletos e também enviou uma delegação para participar do ato no Rio de Janeiro.

O ato seria no centro do RJ mas o leilão foi transferido para a Barra da Tijuca. O ministro das Minas e Energias, Edson Lobão (PMDB), disse que o leilão ia acontecer de qualquer jeito. Foi feito um cerco militar na Barra. Ninguém podia andar sem ter um comprovante de residência, as ruas foram fechadas. O ônibus em que os ativistas catarinenses estavam foi parado no meio do caminho para a PM entrar e fazer um vistoria. Mas não conseguiram impedir o protesto! A manifestação contou com mais de mil pessoas. Muitas falas feitas no ato apontavam o mal que fazia vender o nosso petróleo e a falta de coerência de Dilma ao prometer não privatizar o pré-sal na campanha eleitoral e fazer o contrário depois de eleita. 

O sentimento que se volta desta manifestação é o de traição. Dilma poderia ter cancelado e ainda pode revogar o leilão de libra se quiser. Em vez disso ela preferiu convocar mais de mil militares para garantir que a manifestação não chegasse perto do hotel em que seria batido o martelo da privatização. A luta continua! O povo brasileiro tira lições destas tristes ações. Cada traição como essa gera mais indignação e faz lembrar que devemos confiar em nossas próprias forças, a força dos trabalhadores e de seu movimento, e não no governo do PT e de Dilma.



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