Lançamento do I Encontro Nacional do Movimento Mulheres em Luta

Fanny e Gabriela na mesa do lançamento

Encontro do MML entra na reta final


No dia 25 de setembro aconteceu na UFSC  o Lançamento do 1º Encontro do MML – Movimento Mulheres em Luta. O evento foi chamado pela ANEL - Assembleia Nacional dos Estudantes Livres , pela CSP-Conlutas SC e pelo Coletivo Feminista Somos  Pagu. Seu  principal  objetivo foi  alavancar a convocação e preparar a delegação de Florianópolis para a ida ao Encontro, que irá acontecer nos dias 4,5 e 6 em Sarzedo/MG.

O Movimento Mulheres em Luta é um movimento de mulheres trabalhadoras feministas e classistas, que se organiza junto com sindicatos, movimentos populares, movimentos estudantis e culturais. É filiado a CSP-Conlutas, pois acredita que a luta feminista deve acontecer juntamente com a luta de todos os trabalhadores,  contra a violência, por mais creches, pela legalização do aborto, por salário igual para trabalho igual e melhores condições de trabalho.

O 1º Encontro Nacional do Movimento Mulheres em Luta (MML) será uma nova oportunidade de reunirmos a juventude que foi às ruas em junho e a classe trabalhadora que fez greves e paralisações nos dias 11 de julho e 30 de agosto. É o momento onde trabalhadoras, estudantes, aposentadas e desempregadas de todo o país irão discutir a realidade e os problemas que afetam as mulheres e buscar avançar em sua organização para conquistar suas reivindicações.

Na mesa do Lançamento, Fanny, representando o Coletivo Somos Pagu, lembrou a importância de participar do encontro para trocar experiências, sair dos muros da universidade e conhecer a realidade das mulheres trabalhadoras de outros estados. Também lembrou que a universidade vem sendo gerida por uma mulher, e que isso não têm significado em nada melhorias para as estudantes nos casos de trotes machistas e na falta de iluminação do campus.

Gabriela Santetti, da ANEL, apresentou o MML  e a programação do encontro. Também lembrou que apesar do discurso de Dilma, a condição feminina não melhorou em quase 4 anos de governo, as mulheres continuam recebendo salário menor para a mesma função, as creches prometidas não foram construídas, os projetos relacionados ao combate à violência contra a mulher recebem muito menos recursos do que a dívida pública, que vai diretamente ao bolso dos banqueiros. Por isso, mesmo com a Lei Maria da Penha, o número de assassinatos de mulheres não diminuiu.



Lançamento reuniu delegação ao I Encontro


Um encontro construído pela base


Assim como em Florianópolis, várias outras cidades organizaram pré-encontros durante o mês de setembro.
Em todos esses pré-encontros estiveram presentes mulheres trabalhadoras da construção civil, metalúrgicas, professoras, bancárias, funcionárias públicas, estudantes, petroleiras, donas de casa, etc. Algumas das participantes são dirigentes de seus sindicatos e boa parte delas são trabalhadoras da base, que provavelmente tiveram como primeira atividade política a participação nos encontros regionais.

Isso demonstra o efeito positivo de uma tática organizativa e de luta para mobilizar um setor da classe trabalhadora que é mais difícil de mobilizar: as mulheres trabalhadoras. Essa dificuldade existe não porque as mulheres sejam mais fracas e frágeis, mas porque somos mais exploradas e oprimidas, responsabilizadas integralmente pelo trabalho doméstico, pelos cuidados familiares (principalmente com as crianças), vítimas de assédio moral e sexual nos locais de trabalho e estudo, nos meios de transporte coletivo e até mesmo no interior de nossas famílias e residências. 

Por estas e diversas outras razões, entendemos a importância de não deixar a discussão das nossas reivindicações específicas para depois. As mulheres precisam se organizar desde agora, junto de toda a classe trabalhadora, não depois de uma revolução e nem separadas dos homens trabalhadores. Por ter esta compreensão é que em todas as delegações do Brasil estarão também as mulheres do PSTU, dispostas a apresentar nosso programa e nossas propostas para as mulheres trabalhadoras presentes no Encontro.

Veja a programação completa do encontro em: http://mulheresemluta.blogspot.com.br/

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