Tomar as ruas para barrar o aumento!

Em junho de 2013 a juventude e os trabalhadores tomaram as ruas. Derrotamos os governos, as grandes empresas e a repressão policial e o preço da passagem caiu em mais de 50 cidades. Agora, várias prefeituras do país voltam a aumentar a tarifa, e nós voltamos a tomar as ruas em muitos lugares, como em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Joinville e Florianópolis. Em BH o ministério público já barrou o aumento.

O prefeito César Souza Jr. aumentou o preço da passagem de ônibus para agradar aos interesses dos empresários. No intermunicipal quem decidiu o aumento foi o Governador Raimundo Colombo, também atendendo aos interesses empresariais.

Dizem que a culpa do aumento é da manutenção dos postos de trabalho dos cobradores e que é natural ter aumento de tarifas todo ano. Mentira! A culpa do aumento é do caráter privatizado do transporte coletivo na região metropolitana, que impõe como primeira regra para a mobilidade urbana a ganância por lucros dos patrões do ônibus. Por isso, também horários e linhas vêm sendo cortados.

Com a licitação do transporte público que foi feita ano passado e com a entrada em operação do Consórcio Fênix (que reúne as empresas que já operavam o sistema desde 1926) o Prefeito César Souza Jr já determinou que todo ano teremos aumentos de tarifa. Somente com a mobilização dos trabalhadores e da juventude poderemos barrar o aumento de tarifa municipal e intermuncipal. Devemos protestar também contra esse atual modelo de transporte privatizado. Defendemos a estatização do transporte público sob controle dos usuários e dos trabalhadores do sistema de transporte.

  • Contra o Aumento das Tarifas de Ônibus! Por mais Horários e Qualidade!
  • Não Aceitaremos Demissões de Cobradores!
  • Passe-Livre para Estudantes e Desempregados Já - Rumo à Tarifa Zero!
  • Transporte Público Integrado na Região Metropolitana!
  • Pela Estatização do Transporte Coletivo Já!


Solidariedade de Classe

Todo Apoio à Luta dos Metaúrgicos do ABC Paulista!

O ano começou com 800 demissões para os metalúrgicos da Volkswagen e 250 demissões na Mercedes Benz em São Bernardo do Campo, São Paulo. Justo um dos setores que mais ganhou incentivos dos governos nos últimos anos agora demite em massa para manter suas altas margens de lucro. Mas os trabalhadores responderam a altura e mostram o caminho para o enfrentamento aos ataques dos patrões e dos governos. Greves, paralisações e manifestações estão sendo feitas pelos metalúrgicos contra as demissões e a tentativa de retiradas de direitos.

Todos nós temos tudo a ver com essa luta. Tanto na luta contra as demisões, como nas lutas contra o aumento da tarifa enfrentamos a vontade dos empresários de manter a qualquer custo seus altos lucros. Agora a economia brasileira não vai nada bem e o governo Dilma junto dos patrões e dos governos municipais e estaduais querem jogar a conta da crise nas costas dos trabalhadores e da juventude.

Temos hoje um verdadeiro "tarifaço" com o aumento da gasolina, da luz, dos alimentos e dos transportes públicos. As famílias estão cada vez mais endividadas com o aumento dos juros e com o arrocho dos salários. Tivemos um grande corte no orçamento público, onde o principal alvo foi a educação que terá menos verbas. Em importantes setores da economia já temos demissões em massa justo no momento em que o governo Dilma restringe o seguro desemprego e o acesso do trabalhador a outros direitos da seguridade social.

Todas estas medidas dos governos só servem para aumentar os lucros dos empresários e banqueiros. É preciso unir as mobilizações contra os aumentos de passagens com as lutas contra as demissões e as lutas por mais direitos e verbas para políticas públicas. É preciso transformar esta luta em um processo nacional de mobilização, que enfrente a ganância dos patrões e exija dos governos medidas concretas para atender as reivindicações dos trabalhadores e dos jovens.

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