Coluna CULTURAL 21 - 23/04 a 30/04
CINEMA: Em um pátio de Paris
Comédia/Drama * 97 minutos * 2014 * França
Desanimado demais para seguir tocando em sua banda de Rock, Antoine busca uma nova ocupação. Sem experiência, ele acaba conseguindo emprego como zelador de um antigo prédio parisiense e logo revela-se muito bom na função. Assim ele conhece Mathilde, senhora recém aposentada com quem desenvolve uma relação de amizade.
Todos os dias (até 06 de maio), às 15hs, no Paradigma Cine Arte - Rod. José Carlos Daux (SC 401) n° 8600 sala 2 bloco 8 - Centro Empresarial Corporate Park - Sto Antônio de Lisboa, Florianópolis-SC.
Sessão aberta - Museus Virtuais
As inscrições para a última sessão aberta ao público do projeto Museus Virtuais estão abertas. Nesta edição, o projeto traz o tema “As musas da Arte Clássica”, tendo como principal objetivo levar cultura à comunidade através de um tour virtual por museus e galerias do mundo, através do Google Art Project. A visita convida os visitantes a conhecerem obras de renomados pintores como Michelangelo, Botticelli e Leonardo da Vinci.
Sábado, 25/04/2014. GRATUITO.
Sapiens Park - Av Luiz Boiteux Piazza, 1302 - Canasvieiras
Informações: http://www.institutomaratonacultural.com/
As Mandalas de Gabriel Young
Inspirado pelos mestres Escher, HR Giger e Salvador Dali, Gabriel Young começou a desenvolver seu estilo próprio, trabalhando com formas geométricas, orgânicas e mandalas. Cursou joalheria na L’École Van Cleef & Arpels de Paris e é formado em Design de Produto na UFSC, onde conheceu conceitos e ferramentas que aplicou em suas criações, hoje estando à frente da InYoung, desenvolvendo diferentes projetos em mandalas.
Visitação gratuita de 10 a 30/04/2015, na casa Garupa Bicicletaria & Etc Rua Francisco Gourlart, 42. Loja 6 - Trindade.
Site para baixar livros grátis: Le-LIVROS
Trata-se de um site que disponibiliza gratuitamente BONS TÍTULOS não somente de obras clássicas, mas contemporâneas. A interface é simples, limpa e o site é leve e muito bem organizado. Além do já conhecido PDF, bastante difundido nos meios acadêmico e profissional, é possível se baixar arquivos para outras plataformas, como os famosos E-readers, onde o kindle (cuja extensão é MOBI) é o mais famoso deles. Há também a extensão EPUB, o formato eletrônico mais difundido no Brasil e bastante aceito por outros leitores de livro digitais, como o LEV, da Saraiva, o KOBO, da Cultura e o POSITIVO ALFA. Para conhecer a página, clique aqui.
Site para baixar livros grátis: Le-LIVROS
Trata-se de um site que disponibiliza gratuitamente BONS TÍTULOS não somente de obras clássicas, mas contemporâneas. A interface é simples, limpa e o site é leve e muito bem organizado. Além do já conhecido PDF, bastante difundido nos meios acadêmico e profissional, é possível se baixar arquivos para outras plataformas, como os famosos E-readers, onde o kindle (cuja extensão é MOBI) é o mais famoso deles. Há também a extensão EPUB, o formato eletrônico mais difundido no Brasil e bastante aceito por outros leitores de livro digitais, como o LEV, da Saraiva, o KOBO, da Cultura e o POSITIVO ALFA. Para conhecer a página, clique aqui.
SUGESTÃO DE LEITURA: Um Largo, Sete Memórias, de Adolfo Boos Jr.
Ambientado na antiga Desterro (hoje Florianópolis), o catarinense Adolfo Boos Jr. entrega-nos uma narrativa bastante complexa, com as características de quem sabe bem escrever, e nela nos conta a saga de um abolicionista que viveu no Desterro do século XIX. Manoel Joaquim da Silveira Bittencourt, ou Artista Bittencourt, era um dos sapateiros mais conhecidos da terra e usava todos os seus recursos para alforriar escravos velhos. No entanto, vai ser a compra de uma escrava chamada Cida de 17 anos que dará origem à trama e suas implicações.
O enredo, bem construído por si, bastaria para envolver o leitor. Mas o mérito do livro de Adolfo Boos Júnior vai como sempre bem mais além: percorrendo pela urdidura de sua história os costumes e os lugares da época, atravessa-se para o continente, passa-se pelo José Mendes na entrada do Saco dos Limões, chega-se ao Ribeirão da Ilha. Com isso se vai conhecendo a história da escravidão em Santa Catarina, as normas de compra e venda de escravos, a questão da negritude, através da Sociedade do Diabo a Quatro, tudo isso tendo como contraponto o comportamento da sociedade urbana da época.
Mas o que surpreende na narrativa é justamente a desconstrução da verdade histórica, no momento em que se conhece a história através das versões de sete narradores espalhados pela ilha, mortos ou prestes a morrer. São eles: Cida, o próprio sapateiro, o fazendeiro Miguel Gaudêncio, Bartolomeu - o noivo abandonado, o filho do fazendeiro - Miguel Gaudêncio, a fazendeira Gaudência e o empregado da fazenda, Pedro. Podemos, no final da leitura, entender a máxima de Luigi Pirandello: "Assim é, se lhe parece" ou "Para cada um a sua verdade".
O mérito do romance vai ser reconhecido por cada leitor. Ler Um Largo, Sete Memórias significa entender porque modernamente não se entende mais a ficção como fingimento ou mentira, mas como fabulação e construção de subjetividades. E é este o ponto onde se convergem a narrativa histórica e a narrativa ficcional. A leitura deste romance vai nos levar a entender a Desterro do século XIX e Artista Bittencourt deixará de ser apenas o nome de uma rua central de Florianópolis.
Ambientado na antiga Desterro (hoje Florianópolis), o catarinense Adolfo Boos Jr. entrega-nos uma narrativa bastante complexa, com as características de quem sabe bem escrever, e nela nos conta a saga de um abolicionista que viveu no Desterro do século XIX. Manoel Joaquim da Silveira Bittencourt, ou Artista Bittencourt, era um dos sapateiros mais conhecidos da terra e usava todos os seus recursos para alforriar escravos velhos. No entanto, vai ser a compra de uma escrava chamada Cida de 17 anos que dará origem à trama e suas implicações.O enredo, bem construído por si, bastaria para envolver o leitor. Mas o mérito do livro de Adolfo Boos Júnior vai como sempre bem mais além: percorrendo pela urdidura de sua história os costumes e os lugares da época, atravessa-se para o continente, passa-se pelo José Mendes na entrada do Saco dos Limões, chega-se ao Ribeirão da Ilha. Com isso se vai conhecendo a história da escravidão em Santa Catarina, as normas de compra e venda de escravos, a questão da negritude, através da Sociedade do Diabo a Quatro, tudo isso tendo como contraponto o comportamento da sociedade urbana da época.
Mas o que surpreende na narrativa é justamente a desconstrução da verdade histórica, no momento em que se conhece a história através das versões de sete narradores espalhados pela ilha, mortos ou prestes a morrer. São eles: Cida, o próprio sapateiro, o fazendeiro Miguel Gaudêncio, Bartolomeu - o noivo abandonado, o filho do fazendeiro - Miguel Gaudêncio, a fazendeira Gaudência e o empregado da fazenda, Pedro. Podemos, no final da leitura, entender a máxima de Luigi Pirandello: "Assim é, se lhe parece" ou "Para cada um a sua verdade".
O mérito do romance vai ser reconhecido por cada leitor. Ler Um Largo, Sete Memórias significa entender porque modernamente não se entende mais a ficção como fingimento ou mentira, mas como fabulação e construção de subjetividades. E é este o ponto onde se convergem a narrativa histórica e a narrativa ficcional. A leitura deste romance vai nos levar a entender a Desterro do século XIX e Artista Bittencourt deixará de ser apenas o nome de uma rua central de Florianópolis.
Tânia Regina de Oliveira Ramos (1998) - Professora de Literatura Brasileira - UFSC
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