08 DE MARÇO – DIA INTERNACIONAL DA MULHER – 2016



O dia 08 de março, como dia Internacional da Mulher, surgiu em 1910, na II Conferência de Mulheres Socialistas, o objetivo era denunciar a precarização que a mulher trabalhadora estava submetida, com longas jornadas de trabalho, péssimas condições de trabalho, baixos salários e sem direitos democráticos. Existem controversias em relação a criação da data, a versão mais comum é que o dia foi criado em homenagem a 129 operárias que morreram queimadas em uma fábrica, em Nova Iorque, em 1857, por terem aderido à greve. Outra versão diz que foi devido às inúmeras greves que ocorreram entre 1900-1910, nas quais as operárias participaram massivamente. Sendo por um motivo ou outro, a data foi estabelecida em virtude da luta por direitos da mulher trabalhadora, E ganhou força a partir de 1917, quando as comemorações da data coincidiram com o estopim da primeira revolução socialista mundial.O Movimento de Mulheres em Luta vem resgatar a história do dia internacional da mulher, chamando homens e mulheres trabalhadoras, pelo dia ser de extrema importância, tendo surgido como um dia unificado mundialmente pela luta de igualdade de direitos, pela emancipação da mulher e que infelizmente, nos últimos anos tem servido mais para a burguesia reafirmar o papel inferior da mulher na sociedade, exaltando a dupla jornada de trabalho e a ditadura da beleza.


A triste realidade brasileira

O Brasil é o quinto país do mundo que mais mata mulheres, os dados da violência física e sexual não param de crescer, as mulheres são obrigadas a conviver com o medo e a insegurança fora e dentro de casa. A violência é ainda maior entre as mulheres negras, pois além de conviver e combater o machismo, precisam enfrentar o racismo. Há 10 anos o Brasil possui a Lei Maria da Penha, porém desde que foi aprovada os governos não garantiram sua aplicação por falta de investimentos. Há poucas casas abrigo, delegacias de mulheres especializadas, tudo previsto na lei. Infelizmente, com o agravamento da crise política e econômica, mesmo em um país governado por uma mulher, Dilma Rousseff (PT), com o apoio da oposição de direita (PSDB), a realidade das mulheres trabalhadoras vai piorar se a nova reforma da previdência do governo federal e do congresso nacional for aprovada, pois vai resultar no aumento da idade mínima e do tempo de contribuição igualando aos homens, o que ignora a múltipla jornada de trabalho da mulher.

 
A precarização e a falta de investimentos na saúde e na educação pública são barreiras que se somam ao cotidiano da mulher impedindo-as de trabalharem no mercado formal, seja por  falta de vagas em creches públicas, deixando as mães sem qualquer amparo no cuidado dos filhos ou na responsabilização da população de maneira individual, não se fazendo nada para melhorar esta realidade, transformando o zika vírus numa verdadeira epidemia deixando as mulheres trabalhadoras em situação de instabilidade no emprego ao assumirem sozinhas a responsabilidade dos bebês com microcefalia.


Aqui em Santa Catarina a realidade não é diferente, o Governador Raimundo Colombo (PSD), consegue piorar ainda mais a situaçao da mulher catarinense ao acatar as emendas do deputado Narciso Parizzotto(DEM) retirando integralmente qualquer menção de gênero e diversidade do texto do Plano Estadual de Educação(PEE), com o PL 227/2015. O projeto foi aprovado pela maioria dos deputados catarinenses, em 24/11/2015. O PEE estabelece as metas e estratégias para a educação catarinense para os próximos 10 anos. Prefeitos e vereadores também estão votando em vários municípios do país pela retirada do termo Gênero dos Planos Municipais de Educação, como ocorreu em Florianópolis com o prefeito Cesar Souza Jr. (PSD) e em São José, com a prefeita Adeliana Dal Ponte(PSD), onde aprovaram o Plano Municipal de Educação (PME) sem nenhuma menção a identidade de gênero ou sexualidade. As discussões de gênero nas Escolas evitam a violência contra mulheres e LGBT’s e sua proibição impõe retrocessos na educação além de violência machista, racista e LGBTfóbica, que oprime, explora, mutila e assassina. Diante dessa conjuntura é necessário construir uma alternativa da classe trabalhadora.


Basta! As trabalhadoras não vão pagar pela crise!

contra a mulher! Fim das demissões! Redução da jornada de Trabalho sem redução de salários para que todos trabalhem! Salário igual para trabalho igual!


Contra os efeitos do Zika Virus, assistência para as crianças, direito a decidir para as mulheres!

Investimentos em saneamento e controle do mosquito para combater o Zika. Assistência para todas as crianças e mães vítimas da microcefalia com qualidade e pelo SUS. Aborto legal, seguro e gratuito feito pelo SUS para as que desejarem interromper a gravidez.

Distribuição gratuita e sem burocracia de repelente e mosquiteiros, prioritariamente as grávidas assim como realização de exames para identificar o Zika para todas as grávidas mesmo sem sintomas, no preimeiro e segundo trimestre de gestação.


Pelo direito ao exercício da maternidade e a decidir sobre ela!

Creches Públicas, gratuitas  e de qualidade, em tempo integral. Licença maternidade de 6 meses para todas as trabalhadoras. Licença paternidade 40 dias.


Dilma, Cunha, Temer e Aécio não nos representam! Fora todos os eles!

Contra o machismo e a exploração: Construir um governo dos trabalhadores, sem corruptos e sem patrões, baseado em conselhos populares.


Por um Sistema Educacional Público que contemple a sexualidade humana em toda a sua diversidade!

Investimentos de 1% do PIB para as políticas de combate a violência
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