TODO APOIO À GREVE DOS SERVIDORES MUNICIPAIS! OS TRABALADORES NÃO PODEM PAGAR PELA CRISE!
Os servidores municipais de
Florianópolis e de outras cidades no estado estão em greve ou em processo de
mobilização. Em Florianópolis o prefeito César Jr, do PSD, quer jogar a conta
da crise em cima das costas dos trabalhadores e do serviço público.
A prefeitura com sua vergonhosa proposta
salarial desrespeita toda a categoria do serviço público municipal querendo dar
zero de reajuste aos servidores e servidoras. Nem a inflação garante. Em
especial as mulheres são desrespeitadas, pois são ampla maioria na categoria, e
entre o conjunto da população, são as que mais dependem, junto de seus filhos,
dos serviços públicos de creche e de saúde, que também vem sendo atacados com o
aumento da precarização e o incentivo a terceirização/privatização.
Para fazer seus ataques César Jr se vale
do apoio dado pelo poder judiciário e pela grande mídia que atacam o legítimo
direito de greve da categoria. A câmara de vereadores da cidade também majoritariamente
está do lado do prefeito. Juntos estavam envolvidos no escândalo de corrupção
“ave de rapina”, onde sumiu R$ 35 milhões de reais dos cofres públicos, e
ninguém foi punido. Agora estão juntos nos ataques aos servidores.
Os trabalhadores da Comcap também são
atacados por César Jr com o não pagamento por parte da prefeitura de parcelas
do FGTS e INSS.
Chamamos ao conjunto das organizações e dos movimentos de
luta da classe trabalhadora e da juventude para que se solidarizem com as
greves dos servidores municipais na grande Florianópolis e deem todo apoio a
sua mobilização e reivindicações. Defendemos a unificação de todas as
categorias hoje em luta na região para derrotar a política de César Jr e demais
prefeitos.
Dinheiro tem! Os
trabalhadores não podem pagar pela crise!
Enquanto a economia crescia os
trabalhadores não foram chamados para participar dos ganhos. Bancos e grandes
empresas lucraram como nunca na história desse país. Agora, com a crise
econômica chegando de vez no Brasil e em Santa Catarina, os governos dizem que
temos que fazer sacríficios. Aceitar o famigerado ajuste fiscal.
Enquanto isso, os ricos da cidade, os
bancos e as grandes empresas devem em impostos municipais mais de meio bilhão
de reais, e, mesmo assim, vem desenvolvendo livremente seus negócios sem serem
incomodados nem pela prefeitura, nem pela justiça. Para piorar a prefeitura
quer vender a cobrança da dívida na cidade para um banco com o PLC 1.516/2018,
que com certeza só vai obrigar a quitar a dívida os trabalhadores e o povo pobre
que não conseguem pagar o IPTU, poupando os ricos.
A prefeitura também respeita
religiosamente a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que na verdade é uma lei
de irresponsabilidade social, pois para garantir a dívida pública para
empreiteiros e banqueiros corta despesas na saúde, na educação e na valorização
dos servidores públicos. Ao mesmo tempo César Jr concede muitas isenções de
impostos aos patrões, a exemplo dos empresários do transporte, que pagam a
insignificante taxa de 0,01% de ISS, e ainda lucram com subsídios milionários
da prefeitura e com as tarifas caras de ônibus, sem oferecer um serviço de
qualidade.
O prefeito mente na maior cara de pau em
dizer que não tem dinheiro, pois ele vem beneficiando os poderosos da cidade
com muitos privilégios.
César Jr/PSD só faz isso porque Dilma/PT e Colombo/PSD
igualmente não medem esforoços para salvar os ricos da crise econômica. Os
governos federal e estadual dão bilhões em isenções fiscais aos empresários e
priorizam o pagamento da dívida aos banqueiros.
O governo federal cortou neste ano R$ 4 bilhões da saúde e da
educação e apresentou seu novo projeto de reforma da previdência que vai atacar
direitos históricos da classe trabalhadora, em especial das mulheres trabalhadoras,
igualando a idade mínima e de tempo de contribuição entre mulheres e homens,
passando por cima da dupla e até tripla jornada de trabalho feminina. O governo
estadual destruiu o plano de carreira dos professores, fez uma reforma da
previdência que aumentou a contribuição previdenciária dos servidores e vem
fechando escolas públicas pelo estado.
FORA DILMA,
CÉSAR JR, COLOMBO, AÉCIO, CUNHA, TEMER! FORA TODOS ELES!
É preciso ir às ruas contra Dilma, César Jr, Colombo, Aécio,
Temer, Cunha e esse Congresso Nacional e essa Câmara de Vereadores corruptos. Fora
todos eles! É necessário impulsionar um dia de luta unificado da classe
trabalhadora. Nesse sentido, ganha cada vez mais importância o chamado
realizado pela CSP-Conlutas, o Espaço Unidade de Ação e diversas entidades do
funcionalismo público federal para uma jornada de lutas no próximo dia 1º de
abril em defesa dos empregos e dos serviços públicos e contra esses ataques e
as mentiras dos governos, políticos e patrões.
Vamos unificar no país as greves, as mobilizações e as ocupações.
Os trabalhadores municipais hoje em greve são um exemplo de luta, assim como a
grande luta unificada dos servidores estaduais do Rio de Janeiro e a ocupação
pelos operários da fábrica dos fogões Dako e Continental, em Campinas/SP,
contra a demissão de 1900 trabalhadores e trabalhadoras. PT, PSDB, PMDB e PSD
brigam neste momento para ver quem governa, mas estão juntos na hora de atacar
os trabalhadores. Nenhum desses lados nos representam. O PSTU acredita que é
necessário, além de fortalecer a construção do dia 1º de abril como um dia de
lutas, unificar as lutas rumo a uma Greve Geral para derrotar os ataques.
Por isso, que os trabalhadores e as trabalhadoras não devem
ir nem no ato programado para o dia 13 de março pelo PSDB e nem ao ato do dia
18 de março chamado pelo PT e a CUT, pois as direções de ambos os atos apoiam
aqueles que aplicam o duro ajuste fiscal que existe em todo país. Temos que nos
mobilizar de maneira independente e unificada para derrotar o verdadeiro golpe
que existe hoje e está sendo feito pelos governos e o congresso nacional contra
os direitos dos trabalhadores.
Nesse sentido fazemos um chamado aos
companheiros e companheiras da direção do SINTRASEM e à organização Esquerda
Marxista/PSOL (que faz parte da direção do sindicato) para que venham construir
as manifestações do dia 1º de abril. Para unificar nossa classe de maneira
independente do governo federal, da oposição burguesa do PSDB e dos governos
estaduais e municipais.
Chamamos também aos companheiros da direção do SINTRASEM e da
organização Esquerda Marxista/PSOL a que rompam com a CUT, que neste momento
negocia junto aos governos e banqueiros a nova reforma da previdência no
Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Foi a mesma CUT que também
negociou a reforma da previdência de 2003 de Lula e que depois governadores e
prefeitos reproduziram em suas regiões atacando direitos históricos dos
servidores públicos.
- Todo
Apoio às Greves dos Servidores Públicos Municipais! Atendimento imediato das
reivindicações!
- Contra
o arrocho salarial! Não podemos pagar pela crise!
- Abaixo
a LRF! Não o pagamento das dívidas aos banqueiros! Pelo fim das isenções de
impostos aos empresários!
- Dinheiro
público para a valorização dos serviços e servidores públicos!
- Nenhuma
punição aos grevistas e ao sindicato! Greve é direito!
- Em
defesa de uma Comcap 100% Pública e Estatal e dos direitos de seus
trabalhadores!
- Fora Dilma,
César Jr, Colombo, Aécio, Cunha, Temer! Fora esse Congresso Nacional e essa
Câmara de Vereadores! Fora Todos Eles! Eleições Gerais, Já! Por um governo
socialista dos trabalhadores apoiado em Conselhos Populares!
- Construir o dia 1º de abril
como dia nacional unificado de mobilizações independentes de patrões e
governos! Que a direção do Sintrasem se integre na construção dessa
mobilização!
- Não à reforma da previdência e
aos cortes de verbas! Que a direção do Sintrasem rompa com a CUT!
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