Coluna CULTURAL do PSTU - 06 a 13/11/2014




Festival Internacional de Palhaços 

Começa neste sábado o Ri Catarina, Festival Internacional de Palhaços, que traz a Florianópolis artistas internacionais, como a suíca Gardi Hutter e a estadunidense Hilary Chaplain, assim como os brasileiros Turma do Biribinha e Lume Teatro, dentre outros tantos. A quarta edição acontecerá dia 09/11, no espaço Circo da Dona Bilica, no morro das Pedras, sul da Ilha de Santa Catarina. 

Apesar de já relativamente tradicional, o evento desta vez passa por novos problemas que os da falta de divulgação. É que o até o momento o Governo do Estado não repassou os recursos do Funcutural, mesmo que o projeto já tenha sido aprovado. Este descaso com a cultura, no entanto, não será empecilho para que o Festival aconteça; e mesmo que o aporte não seja confirmado, a entrada continuará gratuita, mas será literalmente passado o chapéu, convidando o expectador a contribuir com o que pensar valer a peça.

Há quem diga que este ato servirá de provocação à plateia, fazendo-a indagar o quanto vale a arte. Contudo, levando em conta que o descaso já vem do próprio Estado, que mais uma vez tenta jogar no colo da população a manutenção de um evento já aprovado pelo próprio Fundo Estadual de Incentivo à cultura, nos indagamos se os artistas não estão, de fato, fazendo papéis de palhaço. 


Dica musical (Show)

A Orquestra Contemporânea de Olinda, já bastante conhecida nas regiões nordeste e sudeste do Brasil, apresentam-se neste sábado, no Green Park Music Hall (Avenida Prefeito Acácio Garibaldi São Thiago, 1.303, Lagoa da Conceição, Florianópolis), às 22 horas. Com um repertório bastante rico e com uma estética que mistura elementos do mangue beat, acrescidos de uma percursão bastante balanceada e de instrumentos oriundos das orquestras sinfônicas, a premiada banda promete agitar a noite da Lagoa. O ponto negativo fica para o preço da entrada (R$ 70,00 inteira e R$ 35,00 meia solidária, acrescida de 1kg de alimento não perecível), tornando o evento acessível para poucos.

A cultura, que deveria ser um bem comum, pública e acessível a todos, torna-se cada vez mais refém do capitalismo, limitando-se cada vez mais a selecionar seus “consumidores” (ela hoje é mercadoria, como tudo em nosso mundo) pelo tamanho da carteira. Sendo uma conquista da humanidade, fruto da interação histórica entre os seres-humanos e entre estes e a natureza, deveria ser estimulada e financiada pelo Estado para que ajudasse na formação de uma sociedade mais humana e não para o deleite vulgar de poucos que podem pagar por ela e são estimulados a consumi-la. Afinal, não podemos esquecer que informação também é poder, e que se não interessa ao estado levar cultura aos trabalhadores e à população mais explorada, no intuito de aumentar sua massa crítica, tampouco é do interesse da classe exploradora, mantenedora da atual ordem.

De qualquer modo, para aqueles que procuram um entretenimento de qualidade e têm condições de pagar por ele, fica a dica. Para saber mais sobre o grupo, acesse: http://www.orquestraolinda.com.br/.

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