Coluna CULTURAL nº15 - 05 a 12/03



Luciano Martins comemora 15 anos de carreira com exposição no CIC

São 15 anos desde que a primeira tela com tinta acrílica foi pintada. Da semelhança com o trabalho atual de Luciano Martins fica apenas as cores e o figurativo. A "estranheza" para os espectadores se explica por conta de um personagem desfigurado azul, em um fundo chocante vermelho, ao melhor estilo dos trabalhos de Picasso – uma das grandes paixões do artista.

Refiro-me ao quadro "O Homem de cabeça azul", qualificado, na minha opinião, erroneamente pelo artista como horrível, talvez pretendendo valorizar as qualidades estéticas desta obra, uma das poucas dignas de nota de sua galeria. Isso porque, contrariando o que "prega" a grande imprensa, os traços deste artista, além de denotarem pouca pouca expressividade, são de relativo mal gosto estético e estrema falta de criatividade artística.

Relendo obras ou personalidades já consagradas pelo meio artístico, Luciano pinta suas telas sem expressão e sem alma talvez na tentativa justa de dessacralizá-las, o que de fato não consegue, infelizmente(?).

Quando: de 5 a 31 de março. Visitação: de terça-feira a sábado, das 10h às 20h30min; domingos e feriados, das 10h às 19h30min.
Onde: Espaço Lindolf Bell, no Centro Integrado de Cultura (CIC)
Quanto: gratuito


Pelo reencantamento do Mundo

Mia Couto, escritor moçambicano, foi convidado de evento realizado por Fronteiras do Pensamento e Companhia das Letras, em agosto de 2013. Nesta parte da entrevista concedida a Eliane Brum e Raquel Cozer, Mia Couto argumenta que o modelo de sociedade e o pensamento atual impedem que vejamos o encantamento e o sagrado nas coisas.


Amorfos

De maneira sensível e tocante, o artista Milton Art Meier Jr. exibe 24 obras que retratam sua angústia e espírito artístico. As cores e trejeitos utilizados prestam reverência ao mar, com todo seu poder e força; as dores e sofrimentos que se escondem por trás do rosto humano; as bandeiras tremulantes para a possibilidade da alegria e do amor.

Visitação de 03 até 20 de março, na Galeria de Arte do BRDE, na Av. Hercílio Luz, 617 - Centro.


Alguns motivos para não perder o circuito de exposições do MAB - Blumenau

Fundação Cultural de Blumenau abriu as portas nesta quinta-feira para a primeira temporada de exposições do MAB, indo até meados de abril. A ideia do circuito é divulgar artistas contemporâneos locais e conhecidos nacionalmente, bem como possibilitar a experiência única de interação com artistas presentes na exposição.

Artistas de fora estarão na cidade apresentando seus trabalhos. Além disso, quem não teve a chance de prestigiar as obras de Roy Kellermann quando ele ainda estava vivo, a hora é agora. Ademais, ao mesmo tempo em que você poderá curtir o trabalho de artistas com muitos anos de estrada – como Maria Salette Werling e Roy Kellermann –, poderá conhecer obras mais recentes, como as de Roberta Tassinari e Élcio Miazaki. São olhares diferentes sobre a arte.


Shows nacionais na agenda do Teatro do SESC Prainha - Fpolis

Show com um dos maiores trombonistas do mundo, o músico Raul de Souza, ícone da música instrumental brasileira, com 80 anos de vida e 60 anos de carreira; e o projeto musical “Eu vim da Bahia”, que traz grandes nomes da música baiana para apresentações acústicas, como a cantora Margareth Menezes (foto), são alguns dos destaques da programação de março do Teatro Sesc Prainha em Florianópolis. A agenda do mês está repleta de atrações culturais, sempre com entrada gratuita. Os ingressos são distribuídos uma hora antes de cada apresentação, por ordem de chegada. Sujeito à lotação. A unidade está localizada na Travessa Syriaco Atherino, 100, no centro da capital catarinense.

De 4 a 7 (quarta-feira a sábado) e 19 a 23 (quinta a segunda-feira), às 20h, o espaço recebe o Pocket Show “Tenha Dó”. A dupla de palhaças Flor, Lynda Collapso e o músico Boró, prepararam um repertório especial, com clássicos da infância. Os três cantam e interpretam músicas infantis e cantigas populares como nunca foi visto antes. A classificação etária 16 anos.

Fragmento do texto original, extraído do BLOG SESC.


Sugestão de leitura: CAPITU MEMÓRIAS PÓSTUMAS, de Domício Proença Filho

Capitu: umas das personagens mais fascinantes da literatura brasileira. Sua história nos chega, incialmente, na criação de Machado de Assis, em Dom Casmurro, um romance caracterizado pelo ciúme de Bentinho, um advogado filho de uma família rica e tradicional do Rio de Janeiro do século XIX, para com Capitu, uma mulher nascida de uma família de trabalhadores, mas que não passa, em suma, de um excelente romance repleto de nuances sociais que refletem um ódio de classe e maxista, pois quem narra a história é Bento Santiago, o Bentinho. Assim, pesa sobre ela, por força de tal narrativa, a suspeita de adultério. E sobretudo a afirmação de que, desde a infância e a adolescência, a dissimulação e o mau-caráter são seus traços definidores. Estaria realmente o fruto dentro da casca? Seria realmente culpada? Envolveu-se amorosamente com Escobar, amigo íntimo do narrador? Quem é, afinal, o pai de seu filho? Qual é a sua verdade? O que diria se tivesse acesso à palavra? O que pensava ela do seu relacionamento? O que aconteceu quando passou a viver na Suíça? É o que se vai descobrir  por meio de suas memórias póstumas, concretizadas por força de uma linguagem genial.


NOTA: Reabriu o tradicional CAFÉ MATISSE, no CIC, em Florianópolis. Vale a pena conferir.

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